Análise tática

Athletico apostará na velocidade do contra-ataque contra o Flamengo na Arena

Tiago Nunes terá que reformular a forma de o Athletico jogar para anular a ofensividade do Flamengo. Foto: Felipe Rosa

O duelo entre Athletico e Flamengo, que acontece nesta quarta-feira (10), na Arena da Baixada, pelas quartas de final da Copa do Brasil, será bem diferente daquilo que foi visto até aqui. Esqueça o jogo entre eles pelo Brasileirão, que acabou com a vitória por 3×2 para o time carioca. Agora a situação é outra, para não dizer imprevisível.

Primeiro que naquela ocasião o Furacão estava com o time reserva. Nesta noite, vai com força máxima, que não é a mesma do primeiro semestre. O Rubro-Negro perdeu nada menos que o zagueiro Paulo André e o lateral-esquerdo Renan Lodi, um dos principais jogadores do time até então. Até por isso, deve mudar sua forma de jogar, deixando os laterais mais atrás e dando liberdade do meio-campo pra frente.

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Até por isso, existe a possibilidade de Nikão jogar como armador, com Marcelo Cirino e Rony pelos lados, para dar mais velocidade. Uma clara estratégia de aproveitar os espaços que a defesa do adversário pode dar.

Do lado flamenguista, um conceito completamente diferente. O técnico português Jorge Jesus irá estrear no comando da equipe e já impôs sua filosofia, com uma formação bem ofensiva. O 4-1-3-2 deixa só Cuellar na marcação, com um trio com Diego, Arrascaeta e Vitinho na frente e a dupla Bruno Henrique e Gabriel no ataque. Sem contar os laterais Rafinha – que também fará sua estreia – e Renê, que tem como características apoiar o setor ofensivo.

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Ou seja, a tendência é um Flamengo indo pra cima, mesmo jogando fora de casa. E, sabendo disso, o Athletico não deve se expor tanto, ao mesmo tempo que não pode recuar na Arena da Baixada. Mas a estratégia do técnico Tiago Nunes será abusar dos espaços que terá quando roubar a bola.

Com uma linha de quatro na defesa, caberá ao meio-campo fazer a rápida ligação lá na frente. Isso explica também a opção por Nikão no meio, que é mais veloz que Lucho González, mas mais lento que Marcelo Cirino. Com três homens rápidos e um Marco Ruben finalizador, além de Bruno Guimarães como elemento surpresa, o Furacão pode ter até cinco jogadores no ataque, contra apenas três do adversário.

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A tendência é um jogo lá e cá na maior parte do tempo. Dificilmente o confronto terminará 0x0 e quem sair na frente pode até conquistar um placar elástico. Desde que a estratégia dê certo. O Rubro-Negro ainda não conseguiu testar esta nova formação e terá uma prova e tanto pela frente. Por isso, os atacantes não podem desperdiçar tantas chances diante de uma defesa que, com Abel Braga, era vazada constantemente.

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