A noite de 2 de abril de 2019 está na história do Athletico. Não é como outras noites e tardes em que o Furacão levantou taças – e no período de um ano foram duas – e comemorou conquistas. A vitória por 3×0 sobre o Boca Juniors, com três gols de Marco Ruben, foi uma espécie de rito de passagem para a vida adulta. Um título sem troféu.
Quem está fora, está longe do nossa realidade, poderia sempre incluir um ‘mas’ em vários feitos da história do Athletico – o que sempre acontece em um estado periférico.
O Rubro-Negro foi semifinalista do Campeonato Brasileiro (“mas perdeu pro Flamengo), 25 vezes campeão paranaense (“mas tem poucos rivais”), campeão brasileiro (“mas foi contra o São Caetano”), vice nacional, da Libertadores e da Copa do Brasil (“mas vice não vale nada”) e campeão da Sul-Americana (“mas é um torneio menor”).
A partir daqueles 3×0 sobre o Boca Juniors, a grande marca do futebol sul-americano, mudou o olhar sobre o Athletico. Enfim se percebeu fora da nossa bolha que havia acontecido uma afirmação de clube no Brasil. O próprio torcedor rubro-negro se olhou diferente depois de 2 de abril de 2019. Era como se tudo fosse possível.
Coincidência ou não, o Furacão levou apenas cinco meses e meio para conquistar a Copa do Brasil diante do Internacional no Beira-Rio. Naquela noite de setembro, ninguém disse “mas”. O Athletico já era um adulto do futebol brasileiro.
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