Um jogo especial em muitos sentidos. O Athletico recebeu o River Plate na Arena da Baixada, na noite desta quarta-feira (22), pelo confronto de ida da Recopa Sul-Americana, a segunda decisão internacional do clube paranaense em menos de um ano. De um lado, o campeão da Libertadores. Do outro, o vencedor da Sul-Americana. Em busca de um título inédito, o Furacão foi abraçado por seu torcedor, que cantou e fez um espetáculo único, dando brilho à noite de gala. O público de 30.406 torcedores embalou a festa.
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Com um calendário nobre em 2019, o Rubro-Negro, que já confrontou o Boca Juniors em seus domínios, deu as ‘boas-vindas’ a outro gigante argentino. Assim como fez com os Xeneizes, quando o Furacão venceu por 3×0 pela fase de grupos da Libertadores, tratou de deixar sua marca com vitória também no Millonario, desta vez pela Recopa
A euforia pelo encontro com os argentinos era grande. A movimentação no entorno do estádio atleticano era intensa, mesmo horas antes do início do duelo. A empolgação e a expectativa contagiavam os torcedores. E não era pra menos: o duelo era a representação da eterna rivalidade entre Brasil x Argentina. No entanto, o clima entre as torcidas era amistoso. Com a entrada liberada dos visitantes, a rivalidade saudável era mais um dos ingredientes da festa.
A provocação por parte dos brasileiros em cantar ‘mil gols, mil gols, mil gols, só Pelé, só Pelé’, era respondida com ‘Brasil me diz como se sente’, uma canção que destaca os fracassos brasileiros em Copas do Mundo. Era ‘toma lá da cá’ na garganta e só. Fim de música e todos se reuniam para fotos.
Antes de a bola rolar foi feita uma homenagem aos expedicionários, especificamente a três ex-combatentes da Segunda Guerra Mundial, que têm mais de 90 anos. A banda da 5ª divisão do Exército entrou tocando o hino do Athletico e, em seguida, acompanhou a cantora Fran Tenório na música dedicada aos veteranos.
Durante a execução do hino nacional, um belo mosaico rubro-negro com a frase ‘por mais esta taça’, na cor branca, foi exibido pelos torcedores do setor da Getúlio Vargas superior e inferior. Uma demonstração de que o Athletico quer – e muito – este título. O duelo também foi marcado pela volta da venda da cerveja nos estádios do Paraná, depois de mais de um ano, assistir à bola rolar tomando a bebida de sua preferência.
Eram muitas faixas diferentes na torcida visitante e muita voz alta no restante do estádio para empurrar o Furacão. E o apoio deu certo. Aos 25 minutos do primeiro tempo, Marco Ruben balançou as redes e decretou o 1×0. O Athletico saiu na frente pela briga pela taça. A grande decisão será na próxima quinta-feira (30), no Monumental de Núñez, em Buenos Aires. E, sem dúvidas, serão outros 90 minutos com mais emoção reservada aos atleticanos.
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