No futebol tudo muda muito rápido. Essa afirmação é ouvida com certa frequência entre técnicos e jogadores Brasil afora e cabe bem no atual momento que vive o Athletico no Campeonato Brasileiro. O Furacão, que chegou a ser imbatível dentro da Arena da Baixada, sempre contestado por usufruir do gramado sintético, já não vence há três rodadas dentro do Caldeirão. Por outro lado, tem colhido grandes resultados fora de casa e mantém a invencibilidade de cinco partidas longe de Curitiba.
Prova de que o Rubro-Negro tirou de vez o pijama. Construiu seu modelo de jogo e o aplica independentemente do local. Nem mesmo a falta de vitórias nas três últimas rodadas em casa preocupa o técnico Tiago Nunes. Muito pelo contrário, já que, assim, qualquer tipo de favorecimento do time atleticano com o gramado sintético cai por terra.
“É curioso, né? É legal isso, porque a gente quebra o paradigma da questão da grama sintética, principalmente pelo rendimento da nossa equipe. Hoje nosso time se coloca na posição de competir com os melhores do Brasil e tenho certeza que não deixa a desejar para qualquer um deles. Tenho certeza que em pouco tempo o Athletico vai estar competindo também com os melhores times sul-americanos pelo que vem produzindo em campo, pelas características dos treinos que a gente tem e pela competitividade dos jogadores que aqui estão”, garantiu o treinador.
O Athletico, na verdade, tem oscilado um pouco. Por já ter garantido a vaga na Libertadores do ano que vem, por conta da conquista da Copa do Brasil, Tiago Nunes tem rodado o elenco e dado oportunidade para alguns jogadores que não vinham atuando. Caso do meia Bruno Nazário, que voltou de lesão e foi titular no empate em 1×1 diante do Palmeiras, domingo.
Além do empate com o Porco, o Furacão, nas últimas três partidas dentro da Arena da Baixada também empatou em 1×1 com a Chapecoense e perdeu para o Flamengo por 2×0. O técnico minimizou essa sequência ruim e até pouco provável nos últimos jogos dentro do estádio, mas exige que o time rubro-negro siga com sua boa performance nos duelos longe de Curitiba.
“Você pegar o líder e o vice-líder são jogos duros, parelhos. Mas estou muito tranquilo e confiante que vamos voltar a vencer em casa para equilibrar esses números. Torço para que a gente continue vencendo mais fora do que em casa, até para que a gente possa quebrar qualquer tipo de fala a respeito do gramado sintético”, reforçou ele.
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Coincidência ou não, o Furacão tem jogado melhor como visitante, sobretudo depois que foi campeão da Copa do Brasil. Tem atuado com menos peso e, assim, tem conseguido grandes atuações. O time atleticano já caiu para o sexto melhor rendimento em casa, mas aparece com a décima campanha mais positiva longe da torcida.
“Com relação aos números desse ano, em alguns jogos também atuamos com um time um pouco desconfigurado, como diante do Corinthians, que perdemos em casa, mas jogamos bem, contra o Avaí, onde até o Erick (volante) atuou parte do jogo como zagueiro e não merecíamos perder. Contra a Chapecoense tivemos mais de 28 finalizações e acabou escapando, ou seja, tivemos chances de vencer outros jogos”, arrematou Tiago Nunes.
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