A grande final da Copa do Brasil entre Athletico e Internacional, que será disputada nesta quarta-feira (18), em Porto Alegre, marca o reencontro do Rubro-Negro com o estádio Beira-Rio em mais um jogo que vale um título. Em 2005, o Furacão disputou a partida de ida da final da Libertadores no estádio gaúcho.
Muitos atleticanos acompanharam aquele momento de perto e vão, agora, retornar ao Rio Grande do Sul, mas desta vez, com expectativa de resultado diferente. Entre esses apaixonados está Clélio Toffoli Jr, que além ter estado presente nos jogos da final da Libertadores, também não deixou de acompanhar de perto a decisão do título da Copa do Brasil de 2013. Não medindo esforços pelo time, ele somará duas viagens diferentes para estar nos jogos da final.
O advogado de 50 anos já rodou o Brasil para estar perto do time e não será diferente nesta finalíssima. Presente nos dois jogos da final da Copa do Brasil de 2013 – Vila Capanema e Maracanã – e nos dois da decisão de 2005 da Libertadores – Beira-Rio e Morumbi – ele conta que o amor pelo Atlhetico vem de berço. Tamanha a devoção de seu pai pelo Furacão, que Clélio antes mesmo de se tornar um cidadão brasileiro, já era sócio do Rubro-Negro.
“Quando nasci e meu pai saiu da maternidade para me registrar, ele passou antes no Athletico e me registrou como sócio. Só depois foi ao cartório, então, oficialmente, sou atleticano antes de ser gente”, contou a história que é motivo de muitas risadas na família.
Apaixonado pelo Athletico, ele está fazendo um grande esforço para não ficar de fora de mais uma importante decisão para o time. “Como moro no Rio de Janeiro desde 2016, desta vez terei que viajar duas vezes pra ver os dois jogos da decisão. Primeiro Curitiba e depois Porto Alegre”, contou.
Apesar de viver longe da capital paranaense, ele se mantém como sócio do clube, mesmo que nem sempre consiga vir à Arena da Baixada. Para sempre estar perto do time do coração, mesmo com quilômetros de distância, ele faz parte da embaixada do Athletico no Rio de Janeiro. O grupo se reúne com frequência para assistir aos jogos do Furacão e não deixa passar em branco as partidas que acontecem por lá, pois os membros sempre estão nas arquibancadas cariocas.
As duas decisões anteriores têm em comum o fato de não terem contado com partidas no estádio atleticano. Em 2005 a Arena da Baixada não foi liberada pela Conmebol por não ter a capacidade exigida e a determinação foi que o Athletico mandasse o jogo no Beira-Rio. Já em 2013, por conta das obras na Arena da Baixada para a Copa do Mundo, o Furacão jogou na Vila Capanema.
Clélio lembra dos sentimentos envolvidos nas duas finais que o time não conseguiu vencer. Ao recordar as vivências nas arquibancadas, ele destacou que a torcida sempre foi um fator decisivo para a equipe.
“Em 2005 estávamos com sangue nos olhos por conta da sacanagem de tirarem o jogo de Curitiba. Os 22 mil atleticanos no Beira-Rio faziam um barulho e tanto. O time conseguiu fazer um a zero e empolgou a torcida que mesmo no empate deles não parou de cantar. No Morumbi foi mais difícil, ficamos num lugar péssimo pra ver o jogo, atrás do placar, um absurdo”, contou, também falando sobre a final da Copa do Brasil há seis anos.
“Em 2013 o nosso time deu uma encorpada no fim da temporada e chegou naquela final de modo surpreendente, mas o time era fraco e não aguentou a pressão. Porém, não tinha como não assistir à primeira decisão do Athletico no Maracanã, então fui. Apesar de perdermos, foi lindo, nossa torcida deu show”, detalhou.
Apesar de lamentar o fato de nas duas outras decisões o Rubro-Negro não ter tido o direito de jogar na sua casa, desta vez as expectativas são bem diferentes para o torcedor. O Athletico abriu 1×0 de vantagem no jogo de ida, que aconteceu na última quarta-feira(11), na Arena da Baixada. Por isso, e comparando os demais jogos decisivos, Clelio acha que agora o Furacão chega com mais condições de brigar pelo título.
“Este ano o time é melhor, o treinador é melhor, é um time muito mais cascudo e forte. Ao contrário das outras decisões, vamos com vantagem. Que o Beira-Rio dessa vez nos dê o que a Conmebol nos tirou em 2005”, arrematou.
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