Cristian Toledo Enviado especial
Salvador (BA) – Não há muito em que pensar. Hoje, Coritiba e Paraná dão cartadas decisivas nos seus sonhos continentais.
O Alviverde precisa passar pelo Vitória, às 17h, no Barradão, para manter vivas as esperanças de classificação para a Copa Libertadores. O Tricolor enfrenta o Fortaleza às 16h, no Castelão, tentando um triunfo que praticamente o garanate na Copa Sul-Americana. Distantes de casa, em clima diferente e com ânimos opostos, os dois representantes da capital jogam suas vidas no campeonato brasileiro.
Para o Cori, a vida anda complicada nos últimos tempos. Tanto que o técnico Paulo Bonamigo, acostumado a aparar as críticas aos seus jogadores, partiu para a exigência máxima durante a semana, dando declarações que geraram polêmica fora do Couto Pereira, e apoio expresso dentro dele. Depois de arriscar formações mais ofensivas e defensivas (e até de achar engraçada a pecha de ?retranqueiro?, o treinador volta a jogar no esquema tático mais usado desde que ele chegou ao Coxa, em maio do ano passado.
Do lado do Paraná, nem mesmo a derrota para o Cruzeiro tirou a tranqüilidade do elenco e do técnico Saulo de Freitas. O time volta a ser escalado com sua força máxima, e Renaldo segue sua busca incessante pela artilharia do Brasileiro. A classificação para a Sul-Americana (na qual o Coritiba já tem vaga assegurada) representa o prêmio a uma equipe que lutou contra a descrença interna e externa para ser, no momento, uma das sensações da competição.
Longe do futebol
Salvador – A cidade de Salvador parece nem saber que há futebol no domingo. Os torcedores do Bahia andam desenxabidos, nem gostam de falar que seu time, o pior do Brasileiro, enfrenta o Corinthians. E o Vitória é um dos poucos times do campeonato que não tem mais nenhuma motivação. Ontem, o principal assunto da capital baiana era a campanha contra a dengue, que mobilizou voluntários e funcionários de várias repartições públicas. (CT)