Até a pé a torcida atleticana foi à despedida do Ecoestádio

Jogar no Ecoestádio foi uma prova de devoção para a torcida do Atlético. Neste período, duas tristes notas marcaram a passagem do Furacão pelo Janguitão. A primeira foi no dia 1.º de fevereiro, com a morte do estudante André Scaramussa Lopes, atropelado quando deixava o estádio após a vitória sobre o Roma. Ontem, o torcedor Antonelli sofreu uma fratura na perna esquerda ao cair das arquibancadas. O torcedor foi socorrido por policiais militares e pelos seguranças do Atlético. Ele foi encaminhado ao hospital Nossa Senhora das Graças e receberá assistência completa do clube, assim como a família de André Lopes.

Mas em meio aos pontos negativos, a torcida colocou à prova a nova campanha rubro-negra “Eu te sigo em toda parte”. Ontem, além dos percalços normais para ir ao Janguitão, alguns torcedores tiveram ainda de driblar a greve do transporte coletivo, e não faltou criatividade. Os estudantes Matheus Ditrich, 14 anos, e Felipe Luis Moser, 15, chegaram a simular uma corrida de táxi para saber se teriam dinheiro para chegar ao estádio. “Ficamos meia hora só no telefone para conseguir um táxi. Na simulação, dava R$ 21, mas a corrida saiu por R$ 19”, contaram os amigos.

Caio dos Anjos Franco mostrou mais empenho ainda. Foi uma hora e meia de caminhada para chegar da sua casa, em Santa Felicidade, ao estádio. “Deu certo de vir hoje porque estava de folga. Foi cansativo, mas fiz três paradas no caminho. Pelo Atlético vale tudo”, disse o almoxarife.

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