Ataque paranista mostrou todas as suas fraquezas

Se ainda havia alguma dúvida da carência do ataque do Paraná Clube, ela ficou evidente em mais uma derrota no Campeonato Brasileiro da Série B. Ontem, em Sete Lagoas, o Tricolor perdeu para o América-MG por 1×0 em uma tarde terrível de todos os jogadores ofensivos da equipe. O resultado afasta ainda mais o time do G-4, deixando o Paraná perigosamente perto da zona de rebaixamento.

Para tentar acertar o setor ofensivo, o técnico Marcelo Oliveira mudou tudo. Tirou Marcelo Toscano de sua função, colocou-o no meio, sacou Vinícius e Leandro Bocão e apostou nas entradas de Somália e William. A intenção era dar maior mobilidade e força ao ataque -se desse tudo certo, o Tricolor ganharia do América.

E quando a bola rolou, ficou evidente que a mudança da escalação do time não faria com que a tática paranista se alterasse. Como visitante, a intenção era dar campo ao Coelho e buscar os contra-ataques.

E funcionou no primeiro tempo, graças ao bom rendimento defensivo. Mas na hora da criatividade, o time claudicava, pois Toscano não rendia como armador e Somália e William mal pegavam na bola.

A falta de talento do América era notável – principalmente com Fábio Júnior e Thiago Silvy na frente. O Paraná tinha condições de vencer, e era até mais contundente que o time mineiro. Só que era uma partida perigosa, pois qualquer falha seria fatal.

E ela aconteceu aos 30 minutos, quando Marcos Rocha ganhou o lance pela direita e cruzou para Fábio Júnior abrir o placar. Para constar: foi o primeiro gol do centroavante do América em 2010.

O gol fez com que o Tricolor partisse para o ataque. Mas faltava categoria para o time -e toda a aposta de Marcelo Oliveira fazia água. Toscano desapareceu como armador, Somália se enrolava entre os zagueiros e William não tocava na bola. “Precisamos ir pra cima deles, precisamos pressionar”, disse o zagueiro Irineu. “O time não está conseguindo produzir”, completou o goleiro Juninho.

Para acertar a casa, Marcelo sacou Chicão para colocar Serginho Catarinense. Com onze minutos de segundo tempo, Elvis reestreou no lugar de Somália – e Toscano enfim voltou à sua função original.

A equipe voltou a controlar a partida, mas ainda faltava força ofensiva. Tanto que, apesar do domínio paranista, era o América quem tinha mais chances de gol. A última cartada tricolor foi Leandro Bocão.

Mas o time que precisava marcar pelo menos um gol para salvar a tarde terminou a segunda etapa sem dar um único arremate na meta de Flávio. Que os reforços venham logo – e, se possível, deem novo perfil ao time já a partir de terça, quando o Paraná enfrenta o América-RN na Vila Capanema.

Ficha técnica

Série B – 14ª RODADA

América-MG

Flávio; Marcos Rocha, Gabriel, Micão e Preto; Dudu, Leandro Ferreira, Luciano e Zé Rodolpho (Otávio, 24 do 2º); Thiago Silvy (Irênio, intervalo) e Fábio Júnior (Laécio, 36 do 2º).
Técnico: Mauro Fernandes

Paraná

Juninho; Alessandro Lopes, Luiz Henrique e Irineu; Jefferson, Chicão (Serginho Catarinense, intervalo), Diogo (Leandro Bocão, 27 do 2º), Marcelo Toscano e Gilson; Somália (Elvis, 11 do 2º) e William.
Técnico: Marcelo Oliveira

Local: Arena do Jacaré
(Sete Lagoas-MG)
Árbitro: João Batista de Arruda (RJ)
Assistentes: Fabiano da Silva Ramires (ES) e Adailson Alves Pereira (ES)
Gols: Fábio Júnior 30 do 1.º
Amarelos: Zé Rodolpho, Dudu, Micão (AME); Gílson, Luís Henrique, Elvis (PR)
Público Pagante: não divulgado
Renda: não divulgada

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