Ataque fracassa de novo e Paraná amarga derrota

A tarde tinha tudo para ser inesquecível. Até foi, mas pelo pior jeito. O Paraná Clube saiu na frente, mas falhou na defesa e no ataque e cedeu a virada: Juventude 2 x 1 na Vila Capanema, em jogo que teve pífia arbitragem (que não marcou pelo menos um pênalti para o Tricolor). O resultado deixa o time uma posição acima da zona de rebaixamento à Série C.

Rogério Perrô fazia nova experiência no ataque tricolor. Como escalara Murilo, que fazia sua estréia, e Rogerinho nas alas, sacou Gílson e pôs o ?Tanque? Fábio Luís como centroavante. Com ele em campo, a ordem era abusar das jogadas de fundo e aproveitar o porte do novo camisa 9. Do lado dos visitantes, a estrela estava no banco Zetti, ex-técnico do Paraná na Libertadores de 2007, e hoje no comando do Ju.

A escalação de Murilo, para alguns apressada, foi justificada no primeiro lance da partida. Com menos de um minuto de jogo, Éverton ganhou jogada na esquerda e cruzou. A bola passou por toda a área e o ala-direita paranista apareceu para deslocar Michel Alves e abrir o placar.

Ter a vantagem em um jogo complicado é sempre muito bom. Em uma partida contra um adversário agressivo, melhor ainda. No primeiro tempo, Paraná e Juventude dividiram as ações ofensivas. E o Tricolor foi mais efetivo por conta de sua forte marcação no meio-campo Agenor e Léo marcavam com força Bruno e principalmente Xuxa, o melhor do Ju. Faltou, para variar, melhor eficiência ofensiva, pois Fábio Luís errou muito.

E com isso os visitantes começaram a se assanhar. No final da primeira etapa, Xuxa obrigou Gabriel a fazer boa intervenção. ?Eles passaram a dominar o jogo. A gente precisa ser mais forte?, disse, no intervalo, o meia Giuliano. ?Temos que ir pra cima deles?, atirou Éverton.

Preocupado com o mau rendimento de alguns jogadores e do time como um todo, Perrô mexeu no intervalo: sacou o zagueiro Ricardo Ehle e o ?Tanque? Fábio Luís para colocar o volante Naves e o atacante Marcelinho. Por quê? Acertar a marcação defensiva e aumentar a velocidade na frente.

Só que deu tudo errado. Aos 4 minutos, Abedi cobrou escanteio, Gabriel falhou e Márcio Alemão deixou tudo igual. O Tricolor passou a atacar mais, criando chances, mas deixou espaços para os caxienses. Em um desses contra-ataques, Daniel Marques puxou de leve Abedi, o meia do Ju caiu e o árbitro marcou pênalti. O ex-jogador do Botafogo e do Vasco cobrou com categoria e virou.

Após reclamar muito do pênalti marcado, a situação ficou ainda pior com o pênalti não marcado em Éverton e com a expulsão de Daniel Marques.

Mas, neste caso, a vantagem era tricolor, pois Luís e Elvis, do Juventude, também deixaram o campo mais cedo. Com Gílson no lugar de Léo, o Paraná se lançou desesperadamente para tentar o empate. Mas a notória incapacidade tricolor em fazer gols e os deslizes da arbitragem impediram que o time chegasse ao empate. Ao apito final, muitas reclamações ao árbitro e, também, reclamações da torcida sobre mais um fracasso tricolor na Vila Capanema.

BRASILEIRO

Série B – 11ª rodada

PARANÁ CLUBE 1×2 JUVENTUDE

PARANÁ

Gabriel; Daniel Marques, Ciro e Ricardo Ehle (Naves, intervalo); Murilo, Agenor, Léo (Gílson, 26 do 2º), Giuliano e Rogerinho; Éverton e Fábio Luís (Marcelinho, intervalo).

Técnico: Rogério Perrô

JUVENTUDE

Michel Alves; Elvis, Márcio Alemão, Dema e Murilo Ceará; Walker (Edu Silva, 14 do 2º), Juan Pérez, Bruno e Xuxa (Maycon, 36 do 2º); Ivo (Abedi, intervalo) e Luís.

Técnico: Zetti

Súmula

Local: Durival Britto

Árbitro: Wagner dos Santos Rosa (RJ)

Assistentes: Wagner Almeida Santos (RJ) e Vinícius da Vitória Nascimento (RJ)

Gols: Murilo 1 do 1º; Márcio Alemão 4 e Abedi 22 do 2º

Cartões amarelos: Fábio Luís, Éverton, Gílson (PR); Ivo, Márcio Alemão, Murilo Ceará.
Walker, Michel Alves, Maycon (JUV)

Cartões vermelhos: Elvis, Daniel Marques e Luís

Renda: R$ 75.805,00

Público: 5.187 (4.944 pagantes)

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