Ataque foi o ponto fraco do Atlético em 2010

Passada a tristeza pelo empate com o Ceará domingo – e tudo que o resultado trouxe de negativo para as pretensões do Atlético -, é hora de começar a pensar em 2011.

Domingo, o time fará a despedida do Campeonato Brasileiro, contra o Avaí, em uma partida em que a vitória vale apenas para o fechamento com chave de ouro frente à torcida.

E no início de planejamento para a próxima temporada, a prioridade é contratar um matador. Sérgio Soares sabe que o mercado está complicado, até pelos preços, mas reforça a necessidade.

E os números do Rubro-Negro neste Brasileiro são o espelho do fracasso do setor ofensivo. Os ‘homens-gol’ do elenco falharam e falar em falta de pontaria no Atlético chega a ser uma redundância, tantas vezes o assunto foi batido.

No início do Campeonato Brasileiro, os atacantes se mostraram no caminho certo, mas passada a paralisação no período Copa do Mundo e início do returno, o ataque sucumbiu. O clube só não despencou na tabela de classificação graças a outros artilheiros que foram surgindo para suprir a falta de gols.

Os atacantes, incluindo Guerrón, que é meia-atacante no site oficial do clube, marcaram menos da metade dos gols da equipe. Dos 42, 27 saíram dos pés e cabeças de jogadores de outras posições, o que representa 64,28% dos tentos anotados no Brasileiro.

Paulo Baier marcou 9 vezes e está isolado na artilharia. Branquinho outro meia-armador fez cinco gols. Até mesmo o zagueiro Manoel chegou a balançar as redes mais que os homens de frente. O zagueiro marcou três vezes. Marcelo e Thiago Santos, por exemplo, sequer anotaram um tento.

O baixo número de vezes em que as redes foram balançadas deixa o Furacão com uma média 1,13 gol por partida, estatística pouco maior que nos anos de 2008 e 2009, duas temporadas tenebrosas em que o time brigou para não cair para Série B e marcava um gol por jogo, em média.

Fraco rendimento

Entre os homens de frente, Bruno Mineiro e Maikon Leite tiveram melhor desempenho, com 6 e 4 gols respectivamente. Nieto, o argentino que chegou com pompa na apresentação do também estrangeiro Guerrón, foi a grande decepção. O “hermano’ marcou apenas uma vez e ainda se deu o direito de brigar com a torcida ao comemorar o debute.

Na apresentação, em julho, a diretoria negou que Nieto tenha vindo de contrapeso de Guerrón, mas em campo, ele não justificou as palavras dos dirigentes que defenderam sua chegada como reforço escolhido para a posição de centroavante.

GOLS DO ATLÉTICO NA SÉRIE A

Atacantes

Bruno Mineiro – 6 gols
Maikon Leite – 4 gols
Guerrón – 2 gols
Alex Mineiro* – 2 gols
Nieto – 1 gol
Marcelo – nenhum gol
Thiago Santos – nenhum gol
*Não está mais no elenco

Meias

Paulo Baier – 9 gols
Branquinho – 5 gols
Ivan González – 2 gols
Chico – 1 gol
Netinho – 1 gol

Laterais

Wagner Diniz – 3 gols

Zagueiros

Manoel – 3 gols
Rhodolfo – 1 gol
Rafael Santos – 1 gol
Bruno Costa – 1 gol

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