Se depender da vontade da dupla de ataque Waldir e Flávio, a rede do Pinheirão vai balançar tudo o que deveria ter balançado no campeonato paranaense na partida deste sábado, contra a Portuguesa Londrinense. Mais do que nunca, a equipe vai depender da eficiência nas finalizações para livrar o time do temido rebaixamento.
Apesar de todas as cobranças que o ataque tem sofrido devido à escassez de gols, a nova dupla de ataque está com o discurso afinado. “Vamos entrar em campo como se fosse o primeiro jogo do campeonato. Para driblar a ansiedade, temos que esquecer a pressão externa da obrigatoriedade da vitória”, diz Flávio, que retorna à equipe após cumprir suspensão automática contra o Rio Branco.
As palavras firmes tem muito a ver com as conversas que o preparador de atacante Saulo tem tido com os seus pupilos. “Nós sabemos que temos que vencer, mas estamos nos conscientes de que não adianta deixar o desespero bater.”
Waldir, que jogará a segunda partida consecutiva como titular, o pecado do Paraná ao longo da competição foi querer fazer o segundo gol antes do primeiro. “Com a sucessão de maus resultados, a ansiedade foi crescendo e os erros se sucedendo. Vamos dar um basta nisso com muita calma.”
Para a partida contra a Lusinha, Waldir e Flávio não terão a sombra do atacante Dauri. Após sentir uma contusão no treinamento da manhã de quarta-feira, o jogador acabou vetado pelo departamento médico do clube. “O resultado do exame não mostrou lesão alguma, mas como o quadro não evoluiu e sábado teremos um jogo decisivo, é melhor poupá-lo”, explicou o médico do clube, Júnio Chequim.
Com o veto a Dauri, Waldir e Flávio poderão começar uma partida juntos pela segunda vez. É bem verdade que a primeira, na estréia contra o Roma, o resultado -derrota por 3 a 1 – não foi dos melhores. Mas a dupla mostra muita animação com a possibilidade de voltar a atuar junta. “O Waldir é um excelente jogador, que se movimenta muito bem e arma bons lances de linha de fundo, o que facilita o jogo aéreo”, diz Flávio, que tem um 1, 86 metros de altura.
Já para Waldir, o fato de Flávio ser um centroavante nato facilita os lançamentos. “Ele está sempre na área e fica mais fácil de criar lances de finalização.”
Relax geral é a arma para espantar fantasma
Relaxamento. Esse será o mote do elenco paranista na vépera do jogo decisivo contra a Portuguesa Londrinense, sábado, no Pinheirão. Apesar de toda a pressão que envolve o compromisso, o comando tricolor não quer que os atletas entrem na disputa ansiosos. “É um relaxamento no sentido positivo. Todos sabem da dificuldade do momento, mas ansiedade só atrapalha”, diz o diretor de futebol, Ricardo Machado Lima.
Diferente do que vinha ocorrendo, a equipe entra em regime de concentração um pouco antes, às 15h de amanhã.
“Vamos aproveitar parte da tarde para passar o vídeo do último jogo do adversário, para eles não terem grandes surpresas em campo”, diz Ricardinho. Outra novidade é a ausência de palestras com psicólogos ou motivadores, que já haviam virado rotina com a presença do grupo gaúcho Astro Sports. “Não teremos nada disso. A conversa e a motivação estão acontecendo dentro do grupo. Estamos sustentando o apoio e a confiança nos atletas”.
O dirigente não está sozinho neste trabalho. Todos os membros da comissão técnica estão fazendo as vezes de psicólogos e estimulando o grupo para buscar a vitória no sábado.
O preparador de atacantes Saulo motiva seu grupo mais direto, Júlio César Camargo, seus goleiros e Omar Feitosa, todo o grupo de jogadores.
Quanto à possibilidade de o elenco receber um “bicho” reforçado para esta partida, Ricardo Machado Lima foi enfático. “Primeiro o time tem que cumprir o papel e vencer. Depois falaremos sobre isso”.