O ataque que encantou na primeira fase ao marcar dez gols em três partidas parou na fase do mata-mata. A Holanda está há 240 minutos sem marcar – foram dois jogos e duas prorrogações sem balançar as redes. Diante dos espetaculares desempenhos de Arjen Robben, Robin van Persie e Wesley Sneijder nas três primeiras partidas – vitórias por 5 a 1 na Espanha, 3 a 2 na Austrália e 2 a 0 no Chile -, esperava-se bem mais da seleção holandesa, e de seu ataque, nos jogos eliminatórios.
Não foi isso o que aconteceu. Pelas oitavas de final, em Fortaleza, a Holanda sofreu muito para derrotar o México e só virou o jogo no final do jogo. A partida seguinte, pelas quartas de final, terminou em 0 a 0 nos 120 minutos. A Holanda só conseguiu superar a Costa Rica nas cobranças de pênaltis.
Para enfrentar a Costa Rica, o técnico Louis van Gaal apostou em um esquema inédito, com três atacantes. O novato Memphis Depay, de 20 anos, que já marcara duas vezes na primeira fase ao entrar no segundo tempo, começou jogando. Van Gaal queria decidir a partida no primeiro tempo, para não correr o risco de uma prorrogação. A estratégia fracassou.
A Holanda entrou desgastada na disputa das semifinais contra a Argentina, domingo passado no Itaquerão. Chamou atenção a má forma física do capitão Van Persie, mais uma vez substituído por exaustão. Ele chegou à Copa ainda recuperando-se de contusão no joelho esquerdo. Foi poupado dos treinos mais exigentes. No início, deu tudo certo. Nos dois primeiros jogos, ele e Robben fizeram três gols cada. E ficou nisso.
Van Persie e Robben encaram agora, neste sábado, o anfitrião, Brasil, no Mané Garrincha. Eles têm a derradeira chance de balançar as redes na terceira Copa consecutiva de cada um.