A defesa do Atlético fez sua parte, ontem, e não deixou o Figueirense balançar as redes. Mas o ataque não conseguiu ter a mesma eficiência, ficando apenas no empate por 0 x 0. O resultado fez a distância para o Bahia, primeiro time fora da zona do rebaixamento, aumentar de dois para quatro pontos.
Renan Rocha, que mais uma vez mostrou eficiência, não culpa os colegas do setor ofensivo pela falta de pontaria. O goleiro ameniza a situação ruim do ataque, hoje o pior da Série A, com apenas 24 gols marcados em 24 rodadas – média de um gol a cada jogo. Contabilizando a Série B, os números são ainda menos animadores. O Furacão é o terceiro pior, ficando à frente apenas de Duque de Caxias (19) e Vila Nova (21). “Isso não incomoda. Não fizeram hoje, mas contra o Flamengo fizeram dois, fora de casa. O grupo está junto e se o ataque não faz, os zagueiros fazem. Tem que se unir neste momento”, amenizou o camisa 1.
Nem a força da torcida tem ajudado os homens de frente do Furacão. Mas o treinador Antônio Lopes credita parte do baixo rendimento na Baixada à tensão que é jogar para a própria torcida. Entretanto, o Delegado não culpa os torcedores em si. Ontem, para ele, o maior problema foi mesmo a falta de aproveitamento das chances criadas. Mais um ponto negativo para a eficiência do ataque. “Contra o Flamengo tivemos três oportunidades e fizemos duas. Hoje [ontem] tivemos quatro grandes chances e se tivéssemos feito 50% delas teríamos vencido”, cobrou.
Esta falta de gols, aliada a ausência de uma boa sequência, deixa todos em alerta a cada rodada, embora ainda haja 42 pontos em disputa, e com o Furacão tendo de conquistar pelos menos 23. “Nossa situação é crítica, mas há possibilidade. Tem campeonatos anteriores como do Fluminense, que ninguém mais esperava nada. E aqui tem uma mobilização muito grande para sairmos desta”, frisou Lopes.