Ataliba volta, mas Maurinho, Jackson e Willians saem

As carências aumentaram. O Coritiba não terá Maurinho, Jackson e Willians na temporada 2004 – a decisão surgiu pelo interesse do clube, que não quis renovar contrato com a trinca. Dessa forma, a diretoria reconhece a necessidade de contratar mais. Mas apenas um jogador está com o retorno assegurado: é Ataliba, um dos destaques do Sport Recife nesta temporada.

O volante volta ao clube depois de dois anos fora do Alto da Glória – em 2002, ele defendeu o Vissel Kobe, do Japão. Na Série B, ele foi um dos melhores jogadores da competição, ajudando o Sport a ficar entre os quatro primeiros. O retorno foi pedido por Antônio Lopes, que gosta do futebol do jogador. “Foi o professor Lopes quem indicou o nome do Ataliba”, confirma o secretário Domingos Moro.

Além dele, outro jogador emprestado deve voltar: Reginaldo Araújo, que está no Santos. Até agora, não houve nenhuma sondagem do time paulista sobre uma possível renovação – a contratação de Paulo César, ex-Paris Saint Germain, demonstra que há pouco interesse no lateral que pertence ao Coxa. Como Lopes quer jogadores que tenham passagem pela Libertadores (Araújo jogou até a final do torneio deste ano), é quase certo que ele volte.

Mas abre-se ainda a possibilidade de uma nova contratação para a lateral, já que Maurinho não interessa ao Coritiba. O nome preferencial é de Arce, que é ligado ao empresário Juan Figger e deseja jogar a Libertadores. “Hoje sou um desempregado. Mas estou esperando ofertas e espero que elas venham do Brasil”, disse o jogador de 32 anos. “É um caso que nós não estamos conversando no momento”, diz Moro. Sabe-se, no entanto, que o paraguaio já recebeu uma proposta do Cori.

Além de Maurinho, Jackson e Willians não farão parte do elenco alviverde em 2004. A saída de Jackson foi surpreendente, pois ele interessava ao Coxa. Mas uma proposta da Arábia seduziu o meio-campista, que já teria inclusive viajado para o Oriente Médio. E Willians sai para que as revelações do meio-de-campo possam jogar. “Nós temos o Márcio Egídio, o Wágner e o Cacique para essa função. Não podemos tolher o crescimento deles”, justifica Moro.

Quanto à outras contratações, o vice-presidente eleito admite as dificuldades para encontrar jogadores. “O mercado está restrito, a oferta é pequena”, reconhece. Mesmo assim, a expectativa é de anúncio de reforços já na segunda-feira. Os nomes? Mantém-se o segredo – a única confirmação, segundo Moro, é que os citados durante a semana (Cadu e Ramón) não virão para o Alto da Glória.

Reginaldo está livre, mas quer a Libertadores

No dia 1º de janeiro, Reginaldo Nascimento será um atleta livre, sem vínculo com o Coritiba. Mas isso não significa que ele está fora do Coxa: o capitão alviverde vai conversar pessoalmente sua renovação, e garante que a prioridade é permanecer no Alto da Glória para jogar a Libertadores. Ele rechaça inclusive as sondagens do exterior para ficar.

Assim como tantos outros jogadores (entre eles os paranistas Renaldo, Caio e Valentim), Reginaldo recebeu uma proposta do “novo-rico” futebol da Coréia. “Eles me ligaram, me ofereceram um contrato, mas eu não me interessei”, conta o volante, que também teria que passar por um período de avaliação para ficar lá.

A outra sondagem que Nascimento admite ter recebido é a do Grêmio, que corre atrás de dois volantes. O fato dele estar com contrato encerrando animou os gaúchos. “Eu estou recebendo essas sondagens, mas quero jogar a Libertadores”, confessa. Esse interesse refreou o tricolor porto-alegrense – em conversas reservadas, o vice-presidente Saul Berdichevski diz ter desistido do jogador coxa.

Resta então a renovação com o Cori. “É o que eu quero, porque eu lutei sete anos para colocar o time na Libertadores. Agora, quero ter a chance de jogar”, resume Nascimento. Se ele dá prioridade ao clube, a diretoria também o tem como primeiro nome nas renovações. “Ele segue nos interessando, e vamos renovar seu contrato”, diz o secretário Domingos Moro.

Mas o martelo só será batido quando ele voltar a Curitiba, depois das festas de final de ano – o que implica no final do vínculo dele com o Coxa. “Nós já conversamos, definimos algumas situações, mas vamos sentar para conversar quando eu retornar”, diz Reginaldo, que negocia seu futuro com o gerente de futebol Oscar Yamato. “Ele sabe que meu interesse é renovar, e acho que vai dar tudo certo”, finaliza.

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