Nem o mais fanático torcedor atleticano se sentia tão a vontade na velha Baixada como o atacante Oséas. O baiano, que desembarcou na capital paranaense para vestir a camisa rubro-negra em 1995, formou uma das grandes duplas de ataque da história do Furacão ao lado de Paulo Rink. O ex-goleador atleticano lembrou que se sentia, nos duelos realizados no Joaquim Américo, como os jogadores do Boca Juniors se sentiam atuando na La Bomboneira, de tanto era a pressão do torcedor sobre os adversários.
“Foi um prazer imenso poder jogar no Atlético, que foi a equipe que me projetou nacionalmente. Jogar na Baixada antiga, onde foi chamado de caldeirão, e que parecia a La Bomboneira, foi inesquecível para mim, ainda mais a torcida do Atlético, que incentiva a equipe do começo ao fim das partidas. É marcante lembrar dos jogos dentro da Baixada lotada, principalmente nas partidas importantes. Isso jamais se apagará da minha memória”, recordou.
Oséas destacou que a campanha do time atleticano em casa nas temporadas de 95 e 96 foi positiva muito graças ao apoio do torcedor nas partidas na Baixada. “Nós sempre falávamos que o torcedor era o nosso décimo segundo jogador. Jogar na Baixada era um ponto positivo para a gente. Todos os times que vinham jogar na nossa casa já sabiam da fervura que ia encontrar pela frente e assim foi sempre”, emendou o ex-atacante atleticano.
O poderio do Atlético na velha Baixada era tanto que o Palmeiras, invicto no Brasileirão de 96, sucumbiu diante do time de Oséas, Paulo Rink e companhia em duelo disputado no Joaquim Américo. Além deste jogo, o ex-goleador do Furacão lembra com carinho também das vitórias em clássicos contra o Coritiba dentro do caldeirão atleticano.
“O Palmeiras estava invicto e vinha de uma sequência de vitórias, mas tomou 2×0 do nosso time. Ali mostramos a nossa força atuando dentro de casa e ao lado do nosso torcedor. Um clássico Atletiba, quando marquei o gol da vitória e subi no alambrado para comemorar junto ao torcedor me marcou. São grandes histórias e acontecimentos, como a conquista da Série B em 95, que nunca vou esquecer”, contou.
Oséas, fora do ramo do futebol e administrando seus negócios propiciados pelo futebol e pelas passagens que teve por grandes clubes do Brasil, comentou da alegria de poder ter entrado para a história do Atlético e de, principalmente, poder ter ajudado o Furacão, com a negociação do seu passe com o Palmeiras, na construção da nova Arena da Baixada, inaugurada em 1999.
“Eu fico lisonjeado por ser lembrado com carinho pela torcida do Atlético. Pela linha venda e do Paulo Rink, o clube iniciou a fazer o seu estádio novo, que é um dos mais bonitos e modernos do Brasil, e para mim foi importantíssimo, pois fiquei marcado na história do clube por isso e com as atuações, pois sempre tentei contribuir da melhor maneira possível dentro de campo com o Atlético”, concluiu Oséas.