Envolto em polêmica após as declarações dadas na noite de quarta-feira, quando se dirigiu a uma câmera de TV após ser expulso para dizer que “a CBF é uma vergonha”, o atacante Emerson Sheik tentou se explicar nesta quinta-feira. Demonstrando tranquilidade e tentando se defender diante da iminência de ser denunciado ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), o jogador do Botafogo disse que “o atleta tem o direito de se manifestar”.

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Em entrevista coletiva que durou cerca de 30 minutos, no Engenhão, Emerson admitiu que exagerou, mas manteve a crítica. “Acho que o atleta tem direito de se manifestar. Talvez dentro da partida ou do estádio não seja o local certo, como eu fiz. Mas temos o direito de reclamar”, afirmou.

Questionado sobre o que seria uma vergonha, o atacante foi evasivo. “A vergonha é coletiva. É do atleta, do torcedor que paga ingresso”, disse. Depois, porém, concentrou suas críticas à arbitragem. “Nem nas peladas de Nova Iguaçu (o juiz) teria condições de apitar.”

Emerson também pediu que a CBF tome uma atitude. “Minha esperança como atleta é que a CBF se posicione para preparar melhor a equipe de arbitragem, porque eles (árbitros) vivem no escritório, outros nem fazem nada, enquanto nós vivemos de futebol”, considerou.

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Antes da entrevista, Emerson participou de um treino regenerativo. Ele revelou ainda que todo o elenco teve uma conversa com um psicólogo do clube, já que o time teve cinco jogadores expulsos nas últimas três partidas. “É óbvio que os atletas, inclusive eu, têm que parar um pouco para evitar isso (expulsões).”