A diretoria da Associação Egípcia de Futebol foi dissolvida nesta quinta-feira e seus membros receberam a ordem de testemunhar perante ao Ministério Público sobre a violência que deixou 74 mortos após uma partida do campeonato nacional. O primeiro-ministro Kamal El-Ganzouri anunciou as medidas em uma reunião de emergência do parlamento, assim como a renuncia do governador de Port Said e do chefe da policia local.

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Dezenas de fãs foram esfaqueados até a morte ou sufocados, quando foram encurralados em um corredor longo e estreito tentando fugir dos rivais armados com facas, paus e pedras, disseram testemunhas nesta quinta-feira, sobre o pior incidente de violência no esporte do país.

Muitos egípcios, desde os populares até os legisladores, culparam a polícia por não ter impedido os tumultos na cidade de Port Said. Pelo menos 74 pessoas foram mortas e centenas ficaram feridas final do jogo de quarta-feira, quando torcedores do Al Masry invadiram o campo e atacaram os fãs do Al Masry, sem que a polícia agisse.

Este incidente de violência registrou o maior número de mortes em um conflito ligado ao futebol desde 1996. Na manhã desta quinta-feira, dezenas de manifestantes fecharam a Praça Tahrir, no Cairo, o epicentro da revolta popular que provocou a queda de presidente Hosni Mubarak em fevereiro. Outros manifestantes fecharam a rua onde está localizado o edifício da estação de TV estatal, no centro do Cairo, antes de marcharem até o Ministério do Interior pra protestarem contra a polícia.

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