A Associação de Liga Europeias de Futebol divulgou um comunicado nesta terça-feira para reforçar a sua “forte oposição” à criação de uma Superliga fechada de times, que contaria com a presença dos clubes mais poderosos do Velho Continente.

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A entidade resolveu se manifestar depois da revelação de documentos do chamado Football Leaks, iniciativa que reúne 15 veículos de imprensa, segundo os quais vários clubes europeus estariam articulando nos bastidores para a introdução de um campeonato que serviria para substituir ou para concorrer com a Liga dos Campeões, que é chancelada pela Uefa.

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“A Associação de Ligas Europeias manifestou constantemente sua forte oposição à criação de qualquer Superliga no ‘estilo fechado e franqueado'”, destacou o órgão que defende os interesses dos clubes da Europa.

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De acordo com os documentos revelados pelo Football Leaks, a competição envolvendo times do primeiro escalão do futebol europeu contaria com a presença de 16 times, entre os quais 11 fundadores do torneio: Bayern de Munique, Real Madrid, Barcelona, Juventus, Paris Saint-Germain, Milan, Manchester United, Manchester City, Chelsea, Liverpool e Arsenal. Já os outros cinco clubes convidados seriam os seguintes: Atlético de Madrid, Roma, Inter de Milão, Borussia Dortmund e Olympique de Marselha.

Esta associação europeia que se manifestou oficialmente nesta terça-feira reúne como integrantes 35 ligas domésticas de futebol, entre as quais as da Alemanha, Espanha, Inglaterra e Itália, hoje as mais ricas e importantes do mundo. E a entidade europeia enfatizou que “apoia o modelo esportivo europeu baseado em uma estrutura piramidal onde os mecanismos de promoção e rebaixamento e os méritos esportivos dos clubes estão no centro de qualquer competição”.

Para a Associação de Liga Europeias, “as propostas para (a criação de) uma Superliga fechada terão implicações sérias e duradouras para a sustentabilidade a longo prazo do futebol profissional na Europa”. Assim, o órgão também ressaltou que “apoia plenamente a Uefa na gestão e organização das competições europeias de clubes e partilha com a Uefa o princípio comum de proteger e reforçar o equilíbrio competitivo no futebol europeu”.

Este projeto de instituição de uma Superliga fechada estaria inspirado no modelo adotado pelas ligas norte-americanas, nas quais não existem acessos de divisão ou rebaixamentos, garantindo assim uma estabilidade aos clubes participantes. Entretanto, este torneio, que não seria filiado à Uefa, teria âmbito continental, como ocorre com a Liga dos Campeões, que também não tem acessos ou rebaixamentos de divisão, diferentemente do que acontece nas competições domésticas europeias.