O Paraná está perto de ser representado pela primeira vez na arbitragem em uma Copa do Mundo. E não se trata de Héber Roberto Lopes ou de Evandro Rogério Roman, dois dos árbitros mais conceituados do quadro nacional. O assistente Roberto Braatz foi um três dos pré-selecionados pela CBF para disputar duas vagas destinadas ao Brasil no Mundial de 2010, na África do Sul.
Junto com Braatz, o gaúcho Altemir Hausmann e o paulista Edmilson Corona embarcam em fevereiro de 2009 para Zurique (Suíça). Lá a comissão de arbitragem da Fifa promove uma bateria de testes que inclui avaliações físicas, de conhecimento de regras e de língua inglesa. Em março, o órgão máximo do futebol mundial anuncia os dois assistentes brasileiros na Copa.
Integrante do quadro da Fifa desde 2005, Braatz foi inicialmente incluído numa lista de seis assistentes apontados pela CBF. Com base nesta relação, três nomes foram selecionados por Carlos Eugênio Simon e Sálvio Spínola justamente os dois árbitros brasileiros até então pré-indicados ao Mundial.
Hoje, apenas Simon segue na lista e deverá ser o único brasileiro na África do Sul. “A Fifa preza muito o entrosamento entre o trio. Por isso a indicação dos árbitros tem tanto peso”, contou o paranaense.
Natural de Marechal Cândido Rondon (oeste do Estado), Braatz atuou no Mundial sub-17, ano passado, na Coréia do Sul, junto com Sálvio Spínola e Altemir Hausmann.
Também havia sido convocado para o Mundial sub-20, no Canadá, em 2007, mas voltou pra casa porque o árbitro brasileiro indicado (o gaúcho Leonardo Gaciba) reprovou nos testes físicos. O currículo internacional inclui ainda diversas partidas de Copa Libertadores e Eliminatórias da Copa.
Para chegar à Copa da África o que classifica como “complementação de um sonho após entrar para o quadro da Fifa” -, Braatz tenta aprimorar o ponto fraco na disputa. “Na parte física ou teórica estou 100%. Só conto com um curso intensivo para melhorar o inglês”, diz o assistente.
