A Prefeitura de São Paulo entregou nesta quarta-feira a segunda das três fases das obras de reforma do Autódromo de Interlagos. Para o GP do Brasil, que será disputado na próxima semana, as equipes vão ter à disposição um novo prédio de apoio ao boxes e um complexo operacional, em intervenções realizadas com recursos federais e que deixaram aliviado o chefão da categoria. O inglês Bernie Ecclestone disse que o circuito deixou de ser “o pior do mundo”.
O prefeito Fernando Haddad e o secretário municipal de obras Roberto Garibe vistoriaram as mudanças no autódromo na manhã desta quarta-feira. O local já começou a receber equipamentos das equipes para a corrida, marcada o dia 15, quando a categoria vai encontrar a mudança, que para a Prefeitura, é a maior reforma dos 75 anos do autódromo. Ao todo o investimento é de R$ 160 milhões, dos quais R$ 101,8 milhões foram investidos no entorno dos boxes.
As equipes vão ter o triplo de área para trabalhar. Em vez de 70 m², serão 210 m² para guardar equipamentos, fazer reuniões, receber convidados e ter refeições. Um novo prédio foi construído no paddock e por ficar dois metros mais distante dos boxes, vai possibilitar uma circulação maior de pessoas e evitar o aperto que levava pilotos e mecânicos a almoçarem em meio ao transporte de pneus e materiais, por exemplo.
O chefe da categoria, Bernie Ecclestone, era um dos maiores críticos da estrutura da Interlagos e elogiou a reforma. “As equipes certamente ficarão contentes. Fiquei chateado no passado porque este era o pior circuito do mundo. Agora certamente as equipes ficarão empolgadas. Não chego a estar surpreso, porque a reforma estava prevista mais de um ano atrás, embora o projeto tenha atrasado um pouco”, comentou o inglês.
A reforma era uma contrapartida para Interlagos renovar o contrato e receber a Fórmula 1 até 2020. O plano inicial era transferir os boxes e o local de largada para a reta oposta. “A mudança não ficaria tão boa quanto a reforma apresentada. Isso atrasou um pouco a reforma, mas trata-se de uma reforma de longevidade. Não atendemos apenas a exigência da Fórmula 1, mas de uma cidade”, explicou Haddad.
A primeira fase da obra foi em 2014 e teve custo de R$ 37 milhões, segundo a secretaria de obras. A intervenção contemplou a troca do asfalto, a nova área de escapa e novo pit lane. Para 2015, está entregue além do prédio de apoio do paddock, um edifício de seis pavimentos para uso operacional das categorias e recepção de convidados. O próximo ano terá a etapa final da intervenção, com a cobertura do paddock e a obra que vai deixar os boxes com teto mais alto, além da demolição da antiga torre de controle.