Rio de Janeiro – Os Jogos Pan-Americanos movimentam o comércio ambulante no Rio de Janeiro. Ao longo da praia de Copacabana vendedores oferecem camisetas e bonés, não-oficiais, com o símbolo dos jogos. Até artistas mudaram a temática de suas esculturas de areia para aumentar o faturamento. Durante o ano, o artesão Danilo Rodrigues costuma esculpir castelos na areia com a ajuda de um amigo. Com o início dos jogos, os castelos foram substituídos por uma escultura do Maracanã ao lado da figura do Cauê, mascote do Pan.

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Há 12 anos fazendo esculturas em que a matéria-prima é areia, tinta e fixador o morador do morro Pavão-Pavãozinho costuma faturar na praia de Copacabana entre R$ 1,5 e R$ 2 mil por mês. Para o mês de julho, quando acontece o Pan, ele espera aumentar a renda para R$ 4 mil. Até agora o trabalho de 30 dias para que a escultura de areia ficasse pronta já foi recompensado com R$ 1,6 mil.

O dinheiro é colocado na caixinha que fica em frente à escultura para que as pessoas que fotografam e páram para observar deixem contribuições. ?O Maracanã está fazendo muito sucesso, já passou na televisão e muita gente vem pra ver. Está dando pra gente ganhar um pouco mais e esse mês vamos conseguir arrumar um dinheiro para se manter até o final do ano por que depois só vai melhorar em dezembro?, afirma o escultor.

Ambulantes também esperam ter mais lucros com os turistas atraídos para os jogos e com a venda de produtos do Pan. Carlos Tenório vende cangas nas praias do Rio de Janeiro durante todo o ano. Esse mês ele está vendendo também camisetas com o símbolo oficial do Pan-Americano e espera um aumento de 20% no faturamento. ?Mesmo com a fiscalização da prefeitura a venda melhorou um pouco. Dá para tomar um café mais reforçado?, diz Tenório.

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Os produtos oficiais só foram elaborados por empresas que obtiveram licença da marca do Pan. Os locais de venda desses produtos é uma rede de comércio restrita, como já reclaram comerciantes de áreas populares do Rio. Os demais produtos não são oficiais. Os ambulantes geralmente vendem produtos fora dessa cadeia oficial ou com material verde-amarelo, alusivo ao Brasil.