As vistorias nas obras da Arena da Baixada continuam. Ontem, mais uma vez o estádio passou por inspeção. Desta vez, estiveram presentes Charles Botta, consultor de estádios da Fifa; Roberto Siviero, gerente-geral de estádios do Comitê Organizador Local (COL), e os arquitetos do estádio do Atlético, Carlos de La Corte e Fábio Carvalho. Segundo o secretário municipal para assuntos da Copa, Reginaldo Cordeiro, o trio saiu com uma impressão mais positiva, ao contrário do grupo que esteve em Curitiba na semana passada.
Há dias, os membros da Fifa que visitaram o estádio chegaram, inclusive, a contestar os dados da CAP S/A – sociedade de propósito específico criada para gerir as obras -, alegando que as obras estavam apenas 75% concluídas, e não 83%. Ontem, Botta se mostrou satisfeito em relação ao avanço desde a recente visita, em setembro. ‘Foi feito um acompanhamento especificamente da Arena da Baixada, e ele ficou surpreso’, declarou Cordeiro.
Com a nova visita, o secretário mais uma vez garantiu que o evento-teste, exigido pela Fifa para janeiro, está confirmado, mesmo com a Arena não estando 100% concluída. ‘Claro que não será possível terminar a obra 100% em dezembro, mas o Atlético continua informando que terá o jogo-teste no dia 26 de janeiro, com as condições da cobertura concluída, iluminação, 10 mil cadeiras e o gramado. A Fifa declara que o estádio não precisa estar pronto completamente nesse jogo, e que a obra pode ser complementada depois’, afirmou. Inclusive, as primeiras cadeiras começaram a ser instaladas ontem pela manhã, na reta superior da Getúlio Vargas.
Em relação ao gramado, a data prevista para a colocação no espaço onde será o campo segue programada para o dia 1.º de dezembro. ‘A cobertura metálica está avançada. No dia 30 de novembro o guindaste sairá do campo e para a cobertura da Brasílio Itiberê o equipamento ficará fora do estádio, para não atrapalhar a colocação do gramado, que começará no dia 1.º de dezembro’, garantiu Reginaldo Cordeiro.
No entanto, o secretário se mostrou preocupado com a questão financeira para o complemento das obras. De acordo com ele, o BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) ainda não repassou totalmente os R$ 32 milhões da quarta parcela, o que pode implicar em mais atrasos. ‘Falta ainda o repasse da quarta parcela, que nós estamos tentando saber o motivo. Foi vendida a quantia de potencial exigida pela prefeitura para cobrir os juros, e a Fomento já garantiu que está tudo certo. Não tem motivo para eles segurarem essa parte da parcela. A quarta parcela é de R$ 32 milhões, mas foram liberados apenas R$ 13 milhões. Faltam R$ 19 milhões e isso é fundamental para atingir o cronograma necessário’, alertou.
Em outubro, o Tribunal de Contas do Paraná (TCE-PR) havia determinado que o repasse à CAP S/A fosse bloqueado, pelo não pagamento de R$ 1,7 milhão, referente aos juros de outro empréstimo. Porém, na semana passada, a Agência de Fomento afirmou que o Atlético já havia quitado esta dívida, graças à venda das cotas de potencial construtivo, e que apenas aguardava uma determinação por parte do TCE. Um dos entraves para esta liberação seria a falta de garantia financeira por parte do Furacão.
