Desde 31 de março de 2008, o Atlético não conta com o naming rights (cessão de direito de nome) do seu estádio e, consequentemente, perde uma importantíssima fonte de renda.
Depois de não renovar com a Kyocera Mita, empresa japonesa que se transformou no patrocinador master do clube por três anos (2005/08), o Furacão não conseguiu um novo investidor, apesar das várias negociações. E lá se vai um ano e meio.
Mas, aparentemente, esse período de negociações está chegando ao fim. De acordo com o gerente de marketing do Furacão, Roberto Karan, a expectativa é iniciar 2010 com um novo parceiro e cujo contrato se estenderia até dezembro de 2012. Com a possibilidade de prorrogação por mais um triênio.
O acerto com o patrocinador poderá ser assinado até novembro. Entretanto dependerá de algumas variáveis. A mais complicada delas é quanto a necessidade ou não de fechar a Arena, por um determinado período, para a realização das obras visando os jogos da Copa de 2014.
“Isso é determinante na negociação e não depende apenas da vontade do Atlético. Há outras partes envolvidas. O cliente (patrocinador) quer saber se a Arena ficará fechada e por quanto tempo. Do nosso lado temos que pensar numa forma de compensação para o cliente caso haja essa interrupção. Porque sem jogos na Baixada, a exposição na mídia diminuiria”, avalia Karan.
Disputa
Quatro empresas, nacionais e multinacionais, estão conversando com o Atlético para assegurar o direito de vincular a sua marca à Arena. Duas dessas conversas estão em estágio mais avançado, segundo o marketing rubro-negro. “Os interessados requisitaram mais informações sobre o planejamento do clube para a Arena, valores solicitados e outros detalhes”, comentou o dirigente.
Na visão da diretoria, o ideal para o Atlético é negociar com o futuro patrocinador um contrato para três anos. Esse período seria suficiente para não comprometer os planos da próxima administração (que pode ser a atual, reeleita) e a deixaria assistida por pelo menos um ano, fato que não aconteceu com quem está no poder atualmente e sofre para manter as finanças do clube em dia.
O contrato de “batismo” do estádio prevê a cláusula de renovação por mais um triênio (2013/15), só que com o reajuste nos valores, já que englobará o ano da Copa do Mundo no Brasil e o Furacão também estará com um estádio remodelado. Além disso, a diretoria conta com a valorização ainda maior da marca Atlético no decorrer dos anos.
