A Arena foi inspecionada na manhã de ontem, pela Comissão de Vistorias da Federação Paranaense de Futebol, que não constatou irregularidades graves no estádio e o liberou para os jogos do Paranaense. Mas algumas pequenas adequações terão que ser efetuadas. De acordo com o engenheiro Reginaldo Cordeiro, presidente da Comissão de Vistorias da FPF, três pedidos de maior relevância foram feitos à direção do Rubro-Negro. O primeiro parte da Polícia Militar, que quer a instalação de uma separação fixa entre as torcidas, pois, costumeiramente, o Atlético altera a quantidade de lugares disponíveis aos visitantes ? que oscila devido ao adversário. Com a delimitação da área do visitante, o trabalho de fiscalização da PM seria facilitado. Essa barreira entre as torcidas pode ser feita de vidro, acrílico ou outro material a ser definido pelo clube.
O segundo pedido é a proibição de instalação de banheiros químicos para a torcida visitante, sendo obrigatório ao Atlético disponibilizar sanitários na estrutura do estádio. A intenção é evitar incidentes como os registrados no Estádio Beira-Rio, do Internacional (RS), na qual a torcida visitante (Grêmio) pôs fogo nos banheiros químicos e causou grande tumulto nas arquibancadas, em julho de 2006.
E, por fim, o Rubro-Negro terá que disciplinar melhor a entrada do público, principalmente nas vias de acesso da Getúlio Vargas e Buenos Aires. Para isso terá que instalar estruturas metálicas móveis (barreiras) para ordenar o fluxo de pessoas e possibilitar melhores condições de revista à PM, na entrada das torcidas. O prazo para que essas adequações sejam feitas expira no 1.º jogo do Furacão como mandante no Paranaense.
Mais recomendações
Quanto ao problema da água parada no fosso, que poderia tornar-se propagadora do mosquito que transmite a dengue – fato constatado no estudo do Sindicato Nacional da Arquitetura e da Engenharia (Sinaenco) -, a comissão da FPF sugeriu ao clube que sejam instaladas mangueiras com bombas de sucção para que a água não se acumule no local.
Outra solicitação é para que o Furacão tenha um profissional responsável pelo estádio, procedimento já adotado pelo Atlético, através do engenheiro Flávio Vaz. ?Solicitamos aos clubes que tenham um profissional técnico dentro de seus departamentos. Como o Atlético já possui, pedimos um laudo atestando a segurança das instalações?, destacou Maurício Bassani, representante do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura(Crea-PR).
A Comissão de Vistorias é integrada por profissionais da FPF, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Comissão de Segurança de Edificações e Imóveis, da Prefeitura Municipal (Cosedi), Crea-PR, Associação dos Cronistas Esportivos (Acep) e setor de arbitragem da FPF. A fiscalização foi solicitada pelo Ministério Público para prevenir problemas estruturais nos estádios de Curitiba, evitando tragédias como a da Fonte Nova (BA), onde sete pessoas morreram no final de novembro.
