Arena é o estádio mais atrasado de todos

Se é intenção do Atlético inaugurar a nova Arena da Baixada em março de 2013, o clube vai ter de acelerar, e muito, o ritmo das obras. Acontece que o estádio é apontado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) como o que está com as obras mais atrasadas entre os 12 escolhidos para sediar jogos da Copa do Mundo de 2014. O levantamento foi apresentado ontem na Câmara dos Deputados, em Brasília, e mostra que a Arena está com apenas 8,5% de sua reforma viabilizada. Ainda segundo o TCU, as obras do estádio estão mesmo orçadas em R$ 234 milhões e não os R$ 183 milhões como estima o clube.

A Arena da Baixada, que nesta semana finalizou a etapa de retirada da cobertura e das cadeiras, está com as obras mais atrasadas que a Arena das Dunas, em Natal, com 18,5% da construção finalizada, e o próprio Beira-Rio, em Porto Alegre, que sequer iniciou a reforma – o contrato com a Andrade Gutierrez foi assinado no início da semana -, mas é apontado pelo TCU com 20% das obras concluídas.

Faltando dois anos e três meses para a Copa, apenas dois estádios que vão sediar os jogos em 2014 – Fonte Nova, em Salvador, e Castelão, em Fortaleza – estão com mais da metade das obras concluídas. No ranking dos mais atrasados, o Itaquerão (São Paulo) ocupa a quarta posição, com 23% das obras prontas. O Maracanã, onde será a final da Copa, está com 30,92% das obras terminadas. Dos 12 estádios que estão sendo construídos ou reformados para a Copa, oito vão receber recursos do governo federal através da linha de crédito do BNDES.

O Tribunal de Contas da União mostra também que, além do atraso nas arenas, a liberação de recursos para obras de infraestrutura voltadas ao Mundial também estão em marcha lenta.

Pelo levantamento do TCU, somente 4% dos recursos previstos para melhoria no setor de transportes foram liberados até agora pela Caixa Econômica Federal (CEF) para os governos estaduais e municipais. “O atraso pode resultar numa Copa mais cara porque pode ensejar aditamentos”, afirmou o ministro do TCU, Valmir Campelo, responsável no tribunal pelo acompanhamento das obras do Mundial de 2014.

Dados do TCU apontam que a Caixa liberou, até março deste ano, verbas para apenas sete do total de 54 operações previstas para a Copa. Segundo o ministro, os recursos para as obras estão garantidos, mas falta os governos estaduais e municipais encaminharem os projetos para a CEF. O financiamento da Caixa para mobilidade urbana (infraestrutura) está previsto em R$ 6,4 bilhões. A previsão total para esse tipo de obra é de R$ 11,48 bilhões.

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