A Kango Brasil Ltda., empresa cujo um dos sócios é Mário Celso Keinert Petraglia, filho do presidente do Atlético, Mário Celso Petraglia, e que irá instalar as cadeiras na Arena da Baixada, se envolveu mais uma vez em contradição. No ano passado, por conta do acordo entre a empresa e a CAP S/A, o então vice-presidente administrativo da CAP S/A, José Cid Campêlo Filho resolveu denunciar um favorecimento a parentes do presidente atleticano.

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O caso foi parar na Justiça, sendo aberta uma CPI, por parte da Assembleia Legislativa, para investigar as obras no estádio. Só que não foi provada nenhuma ilegalidade, embora no processo de licitação para as escolhas das cadeiras da Arena, as empresas Mackey e Sanko apresentaram um orçamento mais barato, fornecendo o mesmo produto. Para justificar a escolha pela Kango, mesmo com valores mais altos do que as concorrentes e das que foram apresentadas pela mesma empresa na licitação para colocar as cadeiras no Mané Garrincha, em Brasília, Petraglia alegou que a qualidade do material era melhor.

Agora, o problema é na Arena Pantanal, estádio que será a sede da Copa do Mundo do ano que vem no Mato Grosso. De acordo com o contrato firmado entre o governo local e a Kango, todas as cadeiras poderão ser devidamente entregues e instaladas apenas em janeiro de 2015, ou seja, seis meses após o início do mundial.

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Segundo o acordo feito entre as duas partes, no dia 18 de julho deste ano, a Kango tem um prazo, a partir da assinatura, de 180 dias para realizar os serviços necessários para a realização da Copa do Mundo, que seria instalar os assentos, e 480 dias para a instalação das cadeiras da imprensa. Além disso, depois são mais 60 dias para entrega definitiva de todos os serviços. Assim, a data final seria 9 de janeiro de 2015.

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No entanto, o contrato permite que o governo faça modificações dos serviços, caso julgue ser de interesse público, desde que evite prejuízos e respeite os direitos da Kango. Ou seja, o preço das cadeiras, que já está acima dos outros estádios para quais a empresa está prestando serviços, pode ser ainda mais elevado.

O acordo diz que o valor para a instalação das 44,5 mil cadeiras será de 19,440 milhões, o que equivale a R$ 436,8 por assento. Só como um comparativo, para o estádio Mané Garrincha a mesma Kango Brasil Ltda ofereceu na licitação para a implantação das 72,4 mil cadeiras, um orçamento no valor de R$ 12,7 milhões, ou R$ 175 por cadeira. Já aqui em Curitiba, para instalar as 43.981 cadeiras, o valor total é de R$ 9,376 milhões, equivalente a R$ 213 por cadeira.

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