O amistoso na noite desta quarta-feira entre Atlético-PR e Corinthians, que esteve ameaçado de não acontecer por falta de documentação exigida pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR), serviu para deixar à mostra algumas falhas existentes na recém-reformada Arena da Baixada, palco de Curitiba para a Copa do Mundo. Mas o clima cordial entre as torcidas colaborou para a segurança do evento, que não teve registros de violência. No próximo dia 21, está prevista a realização do terceiro e último evento-teste antes do estádio ser entregue para a Fifa.
Nas ruas próximas à Arena da Baixada, o trânsito era intenso e, com a chuva forte que caiu sobre a capital paranaense durante a tarde, ficou mais lento que o normal, apesar de que a propagada interdição das ruas laterais ao estádio, localizado em um bairro residencial, não tenha ocorrido.
O policiamento, no entanto, era intenso e diversas unidades do Bope e da Polícia Militar, que chegava a concentrar oito policiais em cada esquina, faziam a segurança de forma ostensiva. Por causa da chuva, havia muita pedra solta nas calçadas inacabadas com as obras, mas nenhum incidente foi registrado.
A entrada para o estádio aconteceu de forma organizada. O torcedor Henrique Schuchovski, que mora na região, disse que estranhou apenas o uso do detector de metais. “Houve um pouco de fila, ela chegou a ficar grande, mas não senti alguma dificuldade, a única coisa que não estava acostumado e que aconteceu durante a entrada foi o detector de metais, no mais, não senti problemas”, contou.
Dentro da Arena da Baixada, o setor de imprensa era um dos mais precários. Logo na entrada havia um conjunto de banheiros químicos. E as transmissões de rádio foram feitas com equipamentos em cima das cadeiras. O setor deve ser um dos últimos a ser terminado e isso deve acontecer já sob a coordenação da Fifa.
O estádio não esteve com sua lotação completa. Mesmo com a carga reduzida para 30 mil pagantes (quando estiver completo, suportará 43 mil pessoas), foi possível verificar espaços vazios por conta da falta de cadeiras (nesta semana foram instaladas mais cinco mil), o que deve ser resolvido até a próxima semana.
Fora de campo, havia 633 seguranças particulares, 70 profissionais de saúde (sete vezes mais que nos jogos do campeonato regional) e 150 voluntários à disposição do público. Um deles era o protético Plínio Costa Nascimento, que atendeu o setor de alimentação para a arbitragem, vestiários e a imprensa. “É um trabalho que optei fazer para colaborar com a realização da Copa. Mesmo recebendo muitas críticas, é uma satisfação pessoal e a oportunidade de estar próximo de muitos atletas conhecidos”, concluiu ele.