Hoje o atleticano tem um motivo grande para se orgulhar. A Arena completa 10 anos de vida, ainda detentora do título de um dos mais modernos estádios do país e praticamente com a estrutura básica completa, já que a reta do setor Brasílio Itiberê está bem próxima de ser liberada para o uso do torcedor.
Além disso, a Arena já não é mais um meio-estádio, como desdenhavam os torcedores adversários, e tem toda a sua capacidade tomada pelos sócios. São quase 25 mil que trazem um ótimo aporte financeiro ao clube em uma fase economicamente difícil.
A praça esportiva também terá a honra de representar o Estado na Copa do Mundo de 2014. Só que para isso sofrerá ajustes para se adequar completamente aos padrões Fifa.
A festa no Caldeirão, no entanto, só não é completa devido à fase que o clube vive atualmente. Até parece que o estádio carrega consigo os sintomas do inferno astral onde, pela crença popular, tudo dá errado no mês que antecede o aniversário.
Má fase
Nos últimos 30 dias, o Furacão demitiu sua comissão técnica, não conseguiu vencer em casa e estagnou na lanterna do campeonato. Ressalta-se que historicamente o clube sempre dependeu da força de seu caldeirão para manter-se em alta.
Outrora sinônimo de invencibilidade, no momento, o Caldeirão tem a sua imagem arranhada. Essa sequência de maus resultados (1 ponto em 12 disputados) é a pior em Brasileiros.
Até mesmo em 2005 quando teve um início ruim na competição, devido à disputa paralela da Copa Libertadores, no 4.º jogo em casa o Atlético conseguiu vencer. A mesma situação se repetiu no ano seguinte. Mas em 2009, a equipe rubro-negra vai para a 5.ª apresentação e não sabe o que é vencer junto ao seu torcedor.
Em Brasileiros a última vitória na Arena foi contra o Flamengo, 5 a 3, na rodada final de 2008, em 7 de dezembro. Resultado que livrou o Atlético da queda para a série B.
Esperança
A expectativa é que diante do Corinthians, no sábado, a mandinga tenha se esvaído e o Atlético reencontre o caminho da vitória em seus domínios. Uma nova lua-de-mel entre estádio, torcida e time é necessária para o recomeço no Brasileirão.
Para o jogo diante da equipe paulista, o técnico Waldemar Lemos poderá contar com quase todo grupo. Chico retorna após cumprir suspensão automática e briga por uma vaga no time.
Devido à boa fase de Rafael Santos na esquerda, o atleta deve disputar com Rafael Miranda como 2.º volante. “Meu posicionamento vai depender do professor”, afirmou.
Wallyson que dava a pinta de voltar diante do Corinthians para reforçar o ataque do Furacão é dúvida. Provavelmente sua volta aconteça somente contra o Grêmio. Ontem ele não participou do treino com o restante do grupo, ficando na sala de musculação.
Apesar da má fase, todos na equipe acreditam que o time está evoluindo e ressaltam que os problemas de posicionamento não serão resolvidos de um dia para outro.
“A situação é preocupante, mas se você contar de dois jogos para cá, dos 6 pontos, conquistamos 4. E se tivéssemos ganho estaríamos em outra posição na tabela”, analisou o treinador Waldemar Lemos.
O Corinthians é quem pode dar uma força à reabilitação do Furacão. Poderá vir para Curitiba com uma equipe mista ou até reserva, poupando-se para a final da Copa do Brasil.
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| Em 1999, Arena ainda estava crua. |
