Passado o furacão, os árbitros José Francisco de Oliveira e Rogério Luder puderam, desde a noite de quinta-feira, respirar aliviados. Eles foram absolvidos pelos cinco auditores do Tribunal de Justiça Desportiva, em decisão unânime da corte que se reuniu para analisar os atos de ambos, que validaram um gol inexistente a favor do Atlético, na partida do último domingo, disputada na Arena da Baixada, contra o Império do Futebol.
A favor da tese do advogado da dupla, Domingos Moro, os auditores entenderam que houve um erro de fato, não intencional, ou seja, um erro que pode ocorrer em qualquer partida de futebol.
Moro, agora, terá mais uma fase na condução do processo. Ele vai encaminhar o pedido de revogação do Ato Administrativo publicado pela Federação Paranaense de Futebol (FPF), que excluiu não só Luder e Oliveira, mas também os árbitros Marco Aurélio Paes (auxiliar número dois) e Bernélio Sérgio Lima (quarto árbitro do confronto).
"Considero que o Moura (Onaireves, presidente da FPF), vai reconsiderar o ato. Depois de julgado o processo, ficou caracterizado que nenhum dos dois teve a intenção de prejudicar ou ajudar qualquer das equipes", comentou Moro para a reportagem. Para o advogado, não foi apenas uma vitória pessoal dos árbitros julgados, "mas um salvo conduto para que a arbitragem siga como soberana dentro das quatro linhas, como deve ser, aliás. Como seres humanos, somos sujeitos a erros, e o que se verificou domingo foi justamente um erro de ambos. Com a decisão, considero ainda que foi uma vitória da arbitragem como um todo", argumentou Domingos Moro.
Depois de elogiar a decisão e agradecer o "brilhante trabalho de Domingos Moro", Rogério Luder e José Francisco Oliveira iriam protocolar, no fim da tarde de ontem, o pedido de revogação do ato. Mas o julgamento desta solicitação só se dará na primeira quinzena de março. "Assim que recebamos o pedido, vamos analisar ainda na primeira quinzena do próximo mês, quando os integrantes da diretoria farão sua reunião mensal. Na oportunidade, o colegiado analisará o pedido", revelou Johelsson Pissaia, superintendente da Federação.
Ontem, porém, outra bronca da arbitragem voltou a ocupar a pauta do TJD. No gol validado, a favor do Iraty, na última quarta-feira, contra o Paranavaí, pelo árbitro Evandro Rogério Roman, foi cometido um erro similar ao de Luder e Oliveira. Os auditores iriam analisar as fitas solicitadas junto às emissoras de TV, para analisar o caso.