A arbitragem do carioca Marcelo de Lima Henrique foi o centro das atenções no jogo entre Atlético e Palmeiras ontem, na Arena da Baixada. A polêmica foi tanta, que por duas vezes foi preciso a intervenção policial na partida.
Em ambas, batendo de frente com o diretor de futebol do Furacão, Alfredo Ibiapina, que se descontrolou no intervalo e pouco antes do final da partida. A arbitragem começou a despertar a fúria dos atleticanos quando, no começo do jogo, Deivid foi ao chão depois de receber uma cotovelada de Kleber, que não recebeu nem cartão amarelo.
Depois, Cléber Santana, aos 36 minutos do primeiro tempo, recebeu amarelo por cometer falta por trás. Na sequência, foi expulso quando ironizou a medida adotada pelo árbitro.
Para Alfredo Ibiapina, a tática da arbitragem, de usar dois pesos e duas medidas, foi um exagero. Por isso, o dirigente perdeu a cabeça quando foi fazer cobranças a Marcelo de Lima Henrique. Os jogadores também foram para cima cobrar explicações.
“Isso é uma palhaçada. Esse cara é um safado! Deixou o Kléber dar uma cotovelada no Deivid e não fez nada”, esbravejava Ibiapina, que usou ainda termos mais pesados para reclamar com o árbitro.
No segundo tempo, Ibiapina voltou para o banco de reservas e, mesmo depois de ser pedido para que se retirasse, insistiu em discutir com o juiz e pediu respeito de Marcelo de Lima Henrique. O dirigent só deixou o gramado quando foi solicitada ajuda policial.
Mas o dirigente não foi o único a reclamar. Os jogadores também lamentaram a maneira como Marcelo conduziu a partida e pelo lance do pênalti em Guerrón, que caberia cartão vermelho ao goleiro Marcos – o árbitro sinalizou apenas com cartão amarelo.
“Deixamos nosso máximo ali no campo, mas fomos prejudicados pela arbitragem. Mas daqui para frente será melhor”, disse o lateral-esquerdo Heracles, que voltou a ser titular ontem.
Para Renan Rocha, o empate ficou de bom tamanho pelo retrospecto da partida, com jogador expulso e a arbitragem polêmica. “Pelas circunstancia do jogo está de bom tamanho esse empate”, admitiu.