De olho

Árbitro de erro polêmico vai apitar o clássico

Antes mesmo de a bola rolar, a primeira grande polêmica do clássico Atletiba de número 324 já surgiu. O árbitro mineiro e que pertence ao quadro da Fifa, Ricardo Marques Ribeiro, que foi o principal responsável por cometer um dos maiores erros de arbitragem deste Campeonato Brasileiro ao não validar o gol de Esquerdinha, do Goiás, na partida contra o Santos, no Pacaembu, será o responsável pelo apito hoje, no Couto Pereira.

Anteontem, em um evento organizado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no Rio de Janeiro, que tratou sobre arbitragem, o árbitro Ricardo Marques Ribeiro quebrou a lei do silêncio, recomendada pela entidade máxima do futebol brasileiro, e falou com o jornalista Martín Fernadez, do blog Bastidores F.C., do Globoesporte.com. O apitador mineiro, que era um dos juízes de linha da partida, admitiu o erro cometido ao não avisar o árbitro Héber Roberto Lopes que a bola tinha ultrapassado a linha no chute de Esquerdinha.

‘Eu não estava na posição ideal, na posição recomendada. Eu deveria estar sobre a linha do gol, e estava pelo menos um metro depois dessa linha. Segundo, é a fotografia em relação ao chute. Quando a bola toca no travessão, a minha prioridade era a linha do gol, e não a bola. Quando ela bate no travessão e toma outra trajetória, eu perco a fotografia. Claro que a gente fica chateado. É uma função de muita responsabilidade, que eu me dispus a fazer. E a gente não pode incorrer numa situação dessa. Mas a gente sabe que isso acontece. Como o goleiro que falha ou o atacante que perde um gol, o árbitro também falha. Estamos sujeitos a isso’, disse ao site.

Prestes a apitar o clássico Atletiba, que é o maior embate do futebol paranaense e um dos grandes duelos do futebol brasileiro, Ricardo Marques Ribeiro disse que entrou em contato com o presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Sérgio Corrêa da Silva e se colocou a disposição para qualquer medida que fosse tomada pela entidade. O árbitro comentou ainda que está tranquilo e apto para desempenhar um bom papel no embate entre Coritiba e Atlético pelo Campeonato Brasileiro.

‘Eu quero colocar em prática no sábado aquilo que já venho trabalhando há algum tempo, que é a regularidade. Eu não posso mudar meu estilo de arbitragem, não devo fazer isso, não posso. Estou fazendo um campeonato bom, não tenho trazido problema para a comissão. Tem um pilar importante na arbitragem que é o pilar mental. Eu me utilizo da experiência, da minha bagagem de 16 anos. A gente sabe que o erro dói, mas a linha é muito tênue entre o erro e o acerto, o céu e o inferno. A glória e o fracasso. O equívoco aconteceu. A gente tem que entender, passar uma borracha em cima, e agradecer pela oportunidade de conduzir um clássico da grandeza de Coritiba e Atlético-PR. Eu vou absolutamente tranquilo, ciente da minha responsabilidade’, completou.

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