A CBF definiu ontem a escala de árbitros para a última rodada do Campeonato Brasileiro. O sorteado para comandar o Atletiba domingo, às 17h, na Arena da Baixada foi Sandro Meira Ricci. Mineiro de origem, o juiz é filiado à Federação Brasiliense de Futebol e será auxiliado pelos paranaenses Roberto Braatz e Gilson Bento Coutinho. Além deles, o quarto árbitro será Elmo Alves Resende Cunha, de Goiás. Trata-se de uma mudança naquilo que vinha sendo costume em Atletibas.

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Isto porque, será a primeira vez, desde 2009, que um árbitro de outro Estado irá apitar o duelo. A ocasião mais recente em que isto aconteceu foi no segundo turno do Campeonato Brasileiro daquele ano. Paulo César Oliveira foi quem comandou o jogo, que terminou com uma vitória do Coxa por 3 x 2, no Couto Pereira. Em 2009, 2008 e 2005, aliás, os confrontos pelo Brasileiro foram apenas com árbitros de fora.

De lá para cá, foram cinco confrontos entre os dois clubes (quatro pelo Paranaense e um apenas pelo Brasileirão) em que todos foram disputados com arbitragem paranaense. Algo que o Rubro-negro sempre contestou, principalmente quando o escolhido era Héber Roberto Lopes. A diretoria atleticana chegou, inclusive, a pedir para a CBF a mudança de arbitragem para o jogo do primeiro turno, solicitando um árbitro “neutro”, vindo de outro Estado, o que foi negado.

Retrospecto

Sandro Meira Ricci, 37 anos, irá apitar o seu primeiro Atletiba na carreira. Porém, já comandou partidas de Coxa e Furacão este ano. O passado não trz boas lembranças para alviverdes e rubro-negros. Neste Brasileirão, com Ricci no apito, o Atlético disputou duas partidas e em ambas saiu derrotado – 2 x 0 para o Figueirense e 3 x 0 para o Avaí. Situação semelhante à do Coritiba, que também não venceu em dois jogos – derrota por 2 x 0 para o Grêmio e empate em 1 x 1 com o Internacional. Todos os confrontos ocorreram fora de Curitiba.

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Em sua curta carreira, desde 2003, o juiz já chamou a atenção tanto por elogios quanto por lances duvidosos. Mesmo jovem, ele já faz parte do quadro de árbitros da Fifa e neste ano disputa com Leandro Vuaden (RS) e Paulo César Oliveira (SP) o prêmio de melhor árbitro do Campeonato Brasileiro. Porém, no ano passado, se envolveu em polêmicas com dois ídolos.

Primeiro com Neymar. Fora da partida, o atacante assistia pela televisão o duelo do Santos contra o Vitória e não gostou de um pênalti assinalado para os baianos. No twitter, o jogador escreveu “Juiz ladrão, vai sair de camburão”, que foi apagado minutos depois. Entretanto, o advogado de Ricci entrou com uma ação e na terça-feira Neymar foi condenado a pagar R$ 15 mil de indenização ao árbitro.

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Depois, em novembro, na partida entre Corinthians e Cruzeiro, que disputavam o título do Brasileirão, o juiz assinalou um pênalti em cima do ex-atleta Ronaldo e foi muito pressionado pelos cruzeirenses. No final, o Fenômeno cobrou a penalidade e marcou o gol da vitória corintiana por 1 x 0.