Árbitro carrega súmula contra o Operário

A súmula do árbitro Edivaldo Elias da Silva complicou ainda mais a situação do Operário na Divisão de Acesso. O documento não corrobora as justificativas do clube de Ponta Grossa, que deixou o gramado antes do término da partida contra o Foz, domingo, em Foz do Iguaçu, pela última rodada da competição.

Embora o relatório do árbitro não tenha sido divulgado pela Federação Paranaense de Futebol, a Tribuna teve acesso ao conteúdo do documento. Edivaldo relata que encerrou a partida aos 51 minutos do 2.º tempo por abandono de campo por parte do Operário.

O árbitro cita agressões de jogadores do Operário contra atletas do Foz e repórteres de campo, além do arremesso de objetos como pilhas, garrafas de água e latas de cerveja da torcida em direção ao gramado. O árbitro não diz claramente se havia ou não segurança para prosseguimento da partida.

O jogo foi interrompido aos 41 minutos do 2.º tempo, depois que Edivaldo marcou pênalti sobre o atacante Kanu, do Foz. O placar de 1 a 1, àquela altura, garantiria o acesso ao Fantasma. Se vencesse, o Foz subiria à Série Ouro ao lado do Nacional, que ficou com o título ao bater o Francisco Beltrão por 3 a 2 em Rolândia.

O Foz já conta com a vaga como certa. O diretor financeiro, Arif Osman, afirmou que a FPF oficializará hoje sua equipe como vice-campeã da Segundona, com base Regulamento Geral de Competições, que determina derrota por 3 a 0 ao time que abandonar o gramado com a partida empatada. ?Já estamos nos preparando para a Copa Paraná?, falou o presidente do clube, Lóli Dalla Corte.

Mas o presidente do Operário, Chico da Bracol, espera que a decisão seja conhecida somente através do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD). Segundo ele, o time foi ?empurrado? para dentro do vestiário pela Polícia Militar após a confusão que sucedeu a marcação do pênalti. O dirigente afirma ainda que o time sentiu-se intimidado pela falta de segurança pelo arremesso de objetos desde as arquibancadas – um deles teria sido acertado o técnico Rodrigo Müller.

O presidente do TJD, José Roberto Hagebock, comentou que o abandono poderá render ao Operário punição com base no artigo 205 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que prevê perda de pontos, multa de até R$ 200 mil e proibição de participar do campeonato seguinte. A FPF não se manifestou oficialmente e deixou para tomar uma decisão somente hoje.

Vandalismo

Os problemas não terminaram com a saída do Operário do gramado. A diretoria do Foz acusa a delegação ponta-grossense de ter destruído pias e vasos sanitários do vestiário dos visitantes. O presidente Dalla Corte diz que vai cobrar os prejuízos na Justiça.

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