Um amigável arbitral definiu as principais normas do Campeonato Paranaense de 2007. Com um raro consenso entre representantes da capital e do interior, os clubes escolheram uma fórmula que prolonga ao máximo o calendário dos alijados de competições nacionais. Para o futuro, está delineado o formato dos pontos corridos.
Antes mesmo da formalização do arbitral – transmitido ao vivo pelo site da Federação Paranaense de Futebol – todos os clubes se reuniram e debateram os principais pontos. O presidente do Paraná Clube, José Carlos de Miranda, apresentou a fórmula e defendeu a união entre o trio-de-ferro e as equipes do interior. Foi aplaudido e norteou o clima do encontro – anteriormente pontuado por disputas entre grandes e pequenos. ?O interior forte é uma das diferenças entre os grandes paulistas e cariocas. Em São Paulo, os times da capital já se preparam para o estadual e não entram no Brasileiro com falsa impressão de competitividade, como acontece no Rio de Janeiro?, reforçou o vice-presidente do Coritiba, André Ribeiro.
A fórmula, aprovada por unanimidade (veja quadro), permite que os 16 clubes tenham calendário até o final de março, quando acaba a primeira fase. Os quadrangulares na segunda etapa dão mais seis datas aos oito sobreviventes – até o ano passado, os classificados para as quartas-de-final disputavam jogos de ida e volta.. ?Pela primeira vez tivemos um arbitral sem votação. Os times da capital entenderam que o interior forte e com calendário beneficia a todos?, disse o presidente da Adap, Adílson Batista do Prado, espécie de líder dos interioranos.
A partir de 2008, a idéia de transformar o Paranaense num torneio de turno e returno com pontos corridos está praticamente consolidada. Tudo depende do número de datas que a CBF destinará aos estaduais. ?Se tivermos 26 datas, uma a mais que em 2007, já poderíamos montar um torneio com 14 clubes neste formato?, sugeriu o representante do Coxa. Mas como está previsto o rebaixamento de apenas dois clubes no ano que vem, o número de participantes deve ser o mesmo em 2008. Assim, o formato já consagrado no Brasileiro só poderia ser aplicado no ano seguinte.