O Paraná Clube sentiu na carne os efeitos de uma arbitragem tendenciosa. Mesmo repreendendo o atacante Ricardinho pela expulsão “inconseqüente”, dirigentes e integrantes da comissão técnica estavam visivelmente inconformados com a falta de critério do árbitro mineiro Alício Pena Júnior (Fifa). Além de usar pesos distintos na aplicação dos cartões, o trio cometeu um erro “grotesco” ao marcar impedimento inexistente de Murilo. “No final, a arbitragem teve influência no resultado”, lamentou o presidente Aurival Correia.
Este impedimento, aliás, impediu a virada no placar, logo no início do segundo tempo, quando o Paraná viveu seu melhor momento na partida, surpreendendo um atônito Corinthians. Na visão dos paranistas, Ricardinho poderia ter evitado aquele lance com o zagueiro Chicão, aos 10 minutos do 2.º tempo. Mas, houve rigor excessivo na aplicação do cartão vermelho. Vale lembrar que Herrera teve um lance parecido com Daniel Marques, no primeiro tempo, e nem falta foi marcada. Já o volante Cristian tentou intimidar o meia Giuliano “na pancada” e passou o jogo ileso, sem levar sequer amarelo.
A diretoria não confirmou se iria fazer uma representação contra a arbitragem do último sábado, mas com certeza viu no jogo uma lição. Para encarar de frente a Série B e conseguir, no ano que vem, a volta à elite, terá que superar também questões como essa. Na segundona, muito mais do que na Série A, o peso da camisa pode fazer toda a diferença.