Um dos jogadores do Flamengo mais exigidos fisicamente nas partidas do time, pois ele é o principal marcador do meio-campo rubro-negro, o volante William Arão afirmou nesta terça-feira que não teme sofrer lesões nesta reta decisiva da equipe carioca no final desta temporada de 2019.
Além de estar prestes a disputar dois jogos que poderão garantir ao clube carioca nesta semana o título do Campeonato Brasileiro por antecipação, caso conquiste duas vitórias e o Palmeiras não derrote o Bahia no domingo em Salvador, o atleta também já vislumbra a decisão da Copa Libertadores, no próximo dia 23, contra o River Plate, em Lima, no Peru.
Nesta quarta-feira, às 21h30, em clássico antecipado da 34ª rodada do Campeonato Brasileiro, os flamenguistas vão encarar o Vasco. Depois, no domingo, o rival será o Grêmio, em Porto Alegre, pela 33ª jornada do torneio. E Arão espera não se machucar em nenhuma destas partidas para ficar normalmente à disposição do técnico Jorge Jesus para o importante confronto com o adversário argentino na capital peruana.
Ao garantir que não teme se lesionar, o volante até lembrou dos ensinamentos que recebeu do atual técnico da seleção brasileira, que dirigiu o atleta quando ele estava defendendo o Corinthians. “Eu respondo por mim. Eu não fico (com medo de lesões). Eu fui criado e tenho que agradecer ao professor Tite, que no Corinthians dizia: ‘Quero o máximo, quero todo no elenco dividindo a bola’. Se for machucar, é natural. Posso machucar brincando com a minha filha, tropeçando na escada. Não passa isso pela minha cabeça. Acostumei a isso, se for acontecer a lesão, é natural, é da minha profissão”, ressaltou o jogador, em entrevista coletiva no CT Ninho do Urubu.
Já ao ser questionado sobre a possibilidade de ser suspenso de uma das próximas partidas decisivas por causa de cartões, Arão destacou que não pode mudar a sua forma de atuar, com força na marcação e nos desarmes, devido a este risco. “Já tive oportunidades de tentar fazer faltas para parar o contra-ataque. Nesse jogo mesmo contra o Bahia (no último domingo, no Maracanã), o Élber chutou, eu estava perto e tentei fazer a falta. Isso não passa pela minha cabeça. Se tiver que fazer a falta, vou fazer. Se tiver que tomar cartão, vou tomar. Faz parte do jogo”, disse o atleta, que também exaltou a necessidade de a sua equipe se empenhar ao máximo para tentar assegurar já nesta semana a conquista do título do Brasileirão.
“Entro em cada jogo pensando em dar nosso máximo. Difícil falar que a gente vai tirar o pé pensando na final, vai se poupar. A gente sabe que, se ganhar amanhã e domingo, com tropeço do Palmeiras, pode ser campeão. O que é muito grande também. Estamos dando o nosso máximo. Se for poupar, o Mister (Jorge Jesus) sabe quem está mais desgastado, quem merece (ser poupado). Isso é com ele”, enfatizou.
VISITA ILUSTRE – Um dia antes de enfrentar o Vasco, o Flamengo recebeu uma visita ilustre. Maior ídolo da história do clube, Zico visitou o CT rubro-negro. No local, o ex-camisa 10, hoje diretor técnico do Kashima Antlers, do Japão, teve a sua presença celebrada pelos presentes, entre os quais o presidente do clube carioca, Rodolfo Landim, o ex-zagueiro Juan e Marcos Braz, vice-presidente de futebol, que posaram para fotos ao lado do ex-atleta.
Quem também apareceu no Ninho do Urubu na tarde desta terça foi o pai de Neymar, do Paris Saint-Germain, que chegou ao local acompanhado do advogado Marcos Motta e de Marcos Antonio da Silva, que é o pai do volante Gerson, da equipe flamenguista. Oficialmente, as partes trataram essa aparição de Neymar pai no CT como uma “visita cordial”, embora por algumas vezes o seu filho, longe de viver um bom momento no PSG nesta sua conturbada passagem pelo clube francês, já tenha manifestado por mais de uma vez o seu desejo de um dia poder defender o Flamengo.