O goleiro Aranha, do Santos, registrou boletim de ocorrência no início da tarde desta sexta-feira por ter sofrido ofensas racistas a partida contra o Grêmio, realizada na noite desta quinta-feira, 28, na Arena do Grêmio, em Porto Alegre, válida pelas oitavas de final da Copa do Brasil. A queixa foi registrada na 4ª Delegacia de Polícia na Zona Norte de Porto Alegre.

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O comissário da Polícia Civil Lindomar Souza, adiantou que as imagens das câmeras de segurança da Arena e de emissoras de televisão, que transmitiram a partida, já foram solicitadas nesta manhã para ajudar na identificação dos torcedores envolvidos. A reportagem teve acesso ao boletim de ocorrência, que descreve que Aranha foi chamado de macaco e que parte da torcida fazia gestos característicos de primata.

Lindomar Souza relatou que o goleiro Aranha estava mais tranquilo durante depoimento e pediu que os envolvidos fossem localizados. “Ele relatou os fatos e representou criminalmente contra essas pessoas que aparecem nas imagens divulgadas na imprensa. Ele confirmou os fatos, que foi ofendido e nos deu orientação para identificar essas pessoas que estão sendo investigadas”, ressaltou.

Em caso de condenação por injuria qualificada por racismo, os envolvidos podem pegar de um a três anos de reclusão, assegurou o comissário. A torcedora Patrícia Moreira, que foi flagrada chamando de macaco o goleiro Aranha, já foi afastada do trabalho e também será intimada para prestar depoimento nos próximos dias, garantiu Souza.

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Durante a tarde, o Grêmio informou ter identificado dez torcedores envolvidos nos atos de racismo. Como dois deles eram sócios do Clube, a direção do clube gaúcho confirmou a suspensão deles do quadro social.