Aranha defende postura menos ofensiva do Santos

Os gols escassearam no Santos após o técnico Oswaldo de Oliveira adotar um esquema menos ofensivo do que o utilizado durante quase todo o Campeonato Paulista. Apesar disso, o goleiro Aranha saiu nesta terça-feira em defesa das decisões tomadas pelo treinador, questionando quais seriam as reações da torcida se a equipe começasse a perder atuando com a defesa mais aberta.

“Precisa ver se todo mundo vai entender e respeitar se a gente for jogar ofensivamente no Brasileiro. Pode ser que sofra goleadas, porque tem qualidade no outro lado. Será que isso vai agradar todo mundo? Oswaldo tem procurado o equilíbrio. se a gente sofre gols, com a qualidade do Campeonato Brasileiro, as coisas acabam complicando”, disse Aranha.

Até o primeiro jogo da decisão do Campeonato Paulista, o Santos foi, basicamente, escalado por Oswaldo com um volante – Arouca -, um meia que auxiliava na marcação – Cícero – e quatro jogadores de características somente ofensivas – Gabriel, Geuvânio, Thiago Ribeiro e Leandro Damião.

A troca até melhorou o sistema defensivo do Santos, vazado apenas uma vez no Campeonato Brasileiro, mas o ataque deixou de funcionar, com só um gol marcado em três partidas na competição, o que vem provocando críticas e deixa o time apenas na 16ª colocação no torneio, com três pontos.

Apesar da sua avaliação, Aranha destacou que o Santos precisa se impor no primeiro jogo da segunda fase da Copa do Brasil, contra o Princesa do Solimões, na Arena Amazônia, nesta quinta-feira, sendo ofensivo, mesmo admitindo desconhecimento sobre o adversário. “Independente das informações, a gente tem que procurar se impor. Se mudar para cada adversário que for jogar, não dá certo. Primeiro temos que nos preocupar com a maneira que a gente joga”, comentou.

Diante do Princesa do Solimões, Oswaldo vai poupar alguns titulares, sendo três deles do sistema defensivo: Cicinho, David Braz e Arouca. Eles serão substituídos por Bruno Peres, Bruno Uvini e Alison, respectivamente, mas Aranha minimizou as trocas.

“Não muda nada. As bolas que vierem, se forem defensáveis, tenho que fazer a minha parte. Para o pessoal que joga na linha, acaba mudando mais, porque influencia diretamente na função do outro”, comentou.

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