A reformulação da diretoria vem atrelada a um desafio maior: estabelecer um planejamento estratégico para o Paraná Clube voltar a ser autossustentável. O presidente Aquilino Romani apresentou ontem cinco novos vice-presidentes de área e outros dois diretores, que já estão trabalhando há semanas no clube.

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Mudanças necessárias, na avaliação do presidente, para o Tricolor despertar da inércia em que se encontra há tempos. “O mercado mudou, o mundo mudou. Nós paramos no tempo”, admitiu o dirigente, prometendo novas diretrizes para o Paraná, de olho nas transformações que a Copa do Mundo imporá à cidade de Curitiba.

“Se continuássemos nesse amadorismo, não sei qual seria o futuro do Paraná. Temos um patrimônio invejável, mas temos que reverter todo esse potencial na captação de recursos”, avisou, ao dar posse aos novos integrantes do conselho diretor.

Dentre os novos vices, apenas Paulo César Silva (futebol profissional) já havia sido confirmado. Também foram apresentados ontem Vladimir Carvalho (marketing), Rubens Ricardo Bohlen (planejamento), Celso Borba Bittencourt (finanças) e Luiz Quesada (administrativo e RH).

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Além dos cinco coordenadores de área, também integram a nova diretoria Renato César Buck Collere (diretor de planejamento) e Marcelo Romaniewicz (assessor da presidência).

Mais do que uma “revolução”, o presidente paranista acredita que as mudanças representam o choque de gestão que o Paraná havia ensaiado há um ano, mas que agora saiu do papel.

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“Todos que estão vindo são profissionais de sucesso em suas áreas. O Paulão pode não ser 100% profissional, mas tem vasto conhecimento do futebol pelos anos que esteve no Paraná, na federação e na CBF. Estamos formando uma equipe, que trabalhará em conjunto”, prometeu Romani.

O presidente do conselho deliberativo, Benedito Barboza, vê nesses ajustes uma prova da maturidade política da atual diretoria. “Não houve receio de se fazer mudanças quando elas se mostraram necessárias. Todos estão chegando com muita disposição de trabalhar pela instituição”, comentou Barboza.

O grande conselho do clube terá papel decisivo nesse processo de planejamento do futuro paranista. O trabalho que será desenvolvido nos próximos meses constará do estatuto do clube.

Assim, mesmo com uma eleição presidencial no fim do ano, as diretrizes estabelecidas agora deverão ser seguidas pelas futuras gestões. “Hoje, pagamos o preço por decisões passadas. Tivemos títulos, mas não nos planejamos. O Paraná, agora, terá metas claras e estabelecidas no seu estatuto”, arrematou Aquilino Romani.

Novidade

O meio-campista Tai poderá ser a principal novidade do Paraná Clube para o jogo de amanhã, às 22h, em Paranaguá, diante do Rio Branco. Ontem, a documentação foi encaminhada à Federação Paranaense de Futebol e no fim da tarde seu nome já aparecia no BID da CBF.