Aprovados, meninos da Vila vão enfrentar o Beltrão

Os garotos do Paraná Clube foram aprovados no primeiro teste de campo. Com a evidente falta de entrosamento e uma dose de ansiedade, o Tricolor bateu o Cianorte (1×0) no amistoso de domingo. Já para o jogo de amanhã, na largada do paranaense-2004, frente ao Francisco Beltrão, pelo menos duas alterações deverão ocorrer. Enquanto alguns dos reforços contratados aprimoram a parte física, o técnico Saulo de Freitas observa os valores recém-promovidos dos juniores e testa variações para tornar a equipe mais equilibrada.

Ainda sem definições de novas contratações – o clube busca um “homem-gol” – diretoria e comissão técnica preferem dar crédito aos “meninos”. Com pouco tempo de trabalho, Saulo de Freitas elogiou o comportamento defensivo do seu time diante do Cianorte. “Treinamos somente uma semana e com um time inteiramente modificado. Levando-se tudo isso em conta, gostei do rendimento do time, que esteve bem postado em campo”, comentou o treinador. Essa situação já havia ocorrido nos treinos táticos da semana passada.

“O ímpeto dos garotos faz com que eles, às vezes, corram mais do que o necessário. E o jogo foi disputado sob um calor intenso”, lembrou Saulo. Por isso, ele fez restrições ao comportamento ofensivo da equipe, que criou pouco e fez o único gol do jogo em uma cobrança de pênalti. Até mesmo Vandinho, autor do gol, pode perder a vaga no time para o jogo de amanhã, em Francisco Beltrão. Ednaldo entrou na fase complementar e deve permanecer no time. Outra mudança deve ocorrer na cabeça-de-área, com a troca de João Paulo por João Vitor.

Essas mudanças serão testadas no apronto desta tarde, em Pato Branco, onde a delegação está concentrada. Ontem houve somente treino regenerativo (uma sessão de hidroginástica) para aqueles que atuaram frente ao Cianorte. Se não houver imprevistos, o time tricolor terá, na sua estréia no campeonato estadual: Flávio; Erivélton, Fernando Lombardi, Juliano e Marcos Lucas; João Vitor, César Romero, Wiliam e Éverton; Alex e Ednaldo.

“O objetivo é ter mais qualidade na saída de bola”, disse o treinador. O jogo de estréia é fundamental para a seqüência da competição, pois são apenas sete jogos na fase classificatória e na segunda rodada o Paraná já encara um clássico, diante do Coritiba. “Neste início de temporada, temos que jogar pelo resultado. O encaixe do time ocorrerá com a seqüência, mas é importante estar vencendo”, ponderou Saulo. O técnico não descarta a possibilidade de lançar os reforços “de experiência” no clássico, mas tudo vai depender da condição física do lateral-direito Alcir, do zagueiro Gélson Baresi e do meia Jean Carlo.

Diretoria ainda procura um “matador”

O Paraná trabalha com três opções para o seu comando de ataque. Só que os contatos para a contratação de um artilheiro estão num estágio ainda “embrionário”. Sob a política de não citar nomes, desta vez a diretoria nem tem dado pistas sobre eventuais reforços. Sabe-se somente que o centroavante desejado deve ser experiente, mas não necessariamente de renome.

Vestindo o manto de “primo pobre”, o Tricolor reafirma sua política econômica: não fazer grandes investimentos e trazer atletas que buscam projeção ou reativação de seus nomes no cenário nacional. Somente algum fato novo – como o acerto de um patrocinador para o campeonato paranaense – poderia fazer o clube alterar sua visão.

Exemplo claro dessa rigidez é o caso do meia Lúcio Flávio. O jogador está treinando no clube há mais de dez dias e até agora não há definição sobre seu futuro. O Paraná só recebeu sondagens de clubes da Coréia do Sul e da Arábia Saudita. Financeiramente, a transação seria positiva tanto para o clube quanto para o jogador, mas há aspectos técnicos a ser considerados. Lúcio Flávio já esteve no Inter, no São Paulo e no Atlético Mineiro e ainda não conseguiu projeção suficiente para levá-lo a um grande clube da Europa.

O Paraná até fez uma proposta ao jogador, mas para voltar a vestir a camisa tricolor, Lúcio teria que abrir mão do seu padrão salarial. Só como exemplo, no Galo ele recebia algo em torno de R$ 70 mil. No último Brasileirão, Renaldo, artilheiro do time, ganhava R$ 20 mil por mês. “E, nesse paranaense, fica muito difícil manter a mesma folha do ano passado”, reconhece o vice de futebol José Domingos. “Gostaríamos muito de contar com o Lúcio Flávio, mas seria preciso uma completa reformulação de seu contrato”, disse o dirigente. O contrato de Lúcio com o Paraná termina em dezembro e a partir daí ele será dono de seus direitos federativos.

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