O deputado estadual Nélson Justus fez a proposição e seus colegas de Assembléia acataram por unanimidade. O apresentador do programa Terceiro Tempo (TV Record), Mílton Neves, recebeu ontem a aprovação para ter um “título” de persona non grata e será comunicado da decisão o mais breve possível.

A idéia de Justus ganhou força após o programa do apresentador do último domingo. Em uma atitude citada pelo deputado como parcial, maliciosa e desonesta, o apresentador veiculou imagens do jogo entre Atlético e Atlético-MG, induzindo o presidente do STJD, Luiz Zweiter, a confirmar que as imagens seriam enviadas à Procuradoria. Resultado: o Atlético será julgado AMANHÃ e pode perder de 1 a 3 mandos de campo, apesar de o árbitro Giuliano Bozzano nada ter relatado na súmula da referida partida.

Segundo Justus, o apresentador radicado em São Paulo está empenhando seus esforços para prejudicar o Atlético e o futebol paranaense. “Sou a favor da liberdade de expressão, mas tem que jogar limpo. Ele não está respeitando o futebol paranaense e, conseqüentemente, o povo paranaense”, diz o deputado. Nas últimas semanas, o clube vem sendo alvo de ataques sistemáticos por parte de Neves e de integrantes de seu programa. “É uma atitude que causa repúdio. Para exaltar o futebol de São Paulo, eles querem depreciar o nosso. Merecemos tratamento imparcial”.

A expressão persona non grata vem do latim e significa “pessoa indesejada”. Na prática, na situação do apresentador, a utilização do termo vale mais como ato de repúdio, pelo motivo de ser contrário aos interesses paranaenses.

Além de ter sido aprovada por unanimidade, a proposta de Justus ganhou adesão da massa atleticana. Ontem, até a abertura da sessão, a caixa de e-mail do deputado estava abarrotada. “Foram mais de oitocentos, fora os que meu filho, que tem o mesmo nome que eu, recebeu em seu escritório. Uma prova clara da revolta com o tratamento dado ao Atlético pelo apresentador”.

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