Quatro dias depois de anunciar sua aposentadoria do tênis, o ex-jogador Carlos Moya voltou à quadra e foi o centro das atenções. Desta vez, porém, ele vestia terno. O espanhol de 34 anos, que se aposentou na quarta-feira depois de uma carreira de 15 anos e um título de Grand Slam, foi homenageado neste domingo, no dia de abertura do ATP Finals.
“É sempre bom quando as pessoas se lembrem de você, mesmo quando você não está no topo”, disse Moya, depois de ser aplaudida por uma multidão na Arena O2, em Londres. “Apesar de eu não ter jogado muito bem aqui em Wimbledon, bem, um ano joguei, jogando até a quarta rodada, eles me tratam muito bem sempre”.
Moya, que foi campeão em Roland Garros em 1998 e chegou à final do Aberto da Austrália um ano antes, foi homenageado após Andy Murray vencer Robin Soderling no jogo de abertura do torneio que reúne os oito melhores jogadores da temporada.
Moya, que abandonou o tênis devido a uma lesão persistente pé, ganhou 20 títulos de torneios da ATP e disputou sua última partida em maio, no Masters 100 de Madri. Ele se tornou o primeiro espanhol a se tornar número 1 no ranking da ATP, em março de 1999.
Ele chegou a treinar com Rafael Nadal, que também é da região de Mallorca e acompanhou a cerimônia. “Conhecendo-o por tanto tempo, torna-se especial para mim porque, primeira vez que eu o conheci, ele tinha apenas 11 anos, 12 anos”, disse Moya, sobre o sucesso de Nadal. “Quando ele tinha 13 anos, 14 anos, treinávamos juntos. Eu estava perto do Top 10 e às vezes ele me vencia durante os treinos”.
“Eu percebi que tinha algo especial, mas nunca poderia pensar que ele pudesse ser tão bom, para ser honesto. Ele é um dos maiores de todos os tempos. Mas ele está a caminho de se tornar, quem sabe, talvez o maior. Eu nunca poderia esperar isso, para ser honesto”.