Após vitória contra o Ceará, autoestima do Tricolor sobe

O técnico Toninho Cecílio não economizou nos elogios aos jogadores do Paraná Clube. Terça-feira, com apenas nove em campo, o Tricolor segurou a onda do Ceará e voltou a vencer fora de casa. Foram 132 dias sem sentir o gostinho do triunfo fora de casa. O treinador havia lançado o desafio de tornar a equipe competitiva também longe de Curitiba. O 1 x 0 sobre o Vozão levou o clube paranaense à 11.ª posição, já livre de qualquer risco em relação ao rebaixamento.

“O mérito é todo deles (jogadores). Muito rapidamente eles tiveram a percepção do que era preciso ser feito quando ficamos só com nove atletas em campo”, diz Cecílio.

A “estratégia” foi armar um ferrolho, com duas linhas de quatro. “A nossa marcação foi perfeita. Tanto que o Ceará passou a viver de levantamentos na área e chutes de longa distância. Quando a bola passou, o Thiago Rodrigues mostrou todo o seu potencial”, disse. “Foi um segundo tempo para encher de orgulho o torcedor. O time foi guerreiro”, elogia.

Essa “alma” que o Paraná apresentou em Fortaleza tem sido perseguida há tempos por Toninho Cecílio. Em especial nos jogos fora. “Tínhamos essa força em casa, mas faltava um algo a mais longe da Vila Capanema. Nunca faltou aplicação, mas hoje(terça) o time fez um jogo de superação, onde todos se ajudaram do início ao fim”, comentou o treinador. Com a vitória somente a segunda fora de casa o Tricolor saltou do 19.º para o 15.º lugar, considerando apenas a campanha como visitante. “Futebol é equilíbrio. Se você não vence fora, não avança na tabela”, completa o técnico. Todos os times do G4, por exemplo, já superaram a marca dos 23 pontos conquistados como visitante. O Paraná soma 11.

A jornada vitoriosa foi duplamente comemorada por Toninho Cecílio. Além de conquistar os primeiros pontos fora sob o comando do treinador – antes havia perdido para Joinville, Boa Esporte e América-RN -, o time jogou alterado, por conta de uma decisão do técnico de melhor utilizar o grupo. “Precisava tomar uma decisão. Optei por priorizar a condição física dos jogadores. Por isso, tirei o Vandinho e o Fernandinho. Além deles, o Lúcio Flávio também estava suspenso”, lembrou. “Preferi um time de maior pegada, preservando a qualidade desses jogadores para o confronto com o Avaí”, revela.

A escolha de Cecílio abriu espaço para o zagueiro Amarildo e o volante Lucas Souza. A dupla acabou sendo destaque na vitória, precisos na marcação e ocupando os espaços com correção, ajudaram a tornar o Paraná mais coeso.

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