“O tendão patelar é um ligamento que conecta dois ossos (patela e tíbia) e integra o aparelho extensor do joelho. Sua importância é fundamental nos movimentos do joelho. As rupturas do tendão patelar são relativamente raras e geralmente unilaterais. A força estimada para ocorrer a ruptura é superior a 17 vezes o peso corporal”. A explicação é do mestre em traumatologia e médico ortopedista, Cristiano Laurino, em seu blog. Um diagnóstico semelhante, igualmente assustador, foi dado ao lateral-esquerdo Willian Rocha, do Atlético, há pouco mais de um ano.
Foi no jogo contra o Santos, dia 4 de setembro de 2013. Ainda no primeiro tempo, Rocha sentiu a lesão que o forçou a encarar uma cirurgia complicada e oito meses de recuperação. Durante o processo, inclusive, o clube renovou o contrato do lateral por mais uma temporada para que ele se recuperasse totalmente. O prazo termina em 31 de dezembro deste ano e a vontade de ficar vai além de interesses profissionais.
“Acho que estou no momento mais especial da minha carreira. Estou num clube maravilhoso como o Atlético, estou feliz aqui e pude fazer belos jogos. Se for para ficar aqui ou não, só tenho que agradecer ao Atlético e a todos os profissionais que estão aqui. Foi um ano que passei por muitas dificuldades e só minha família sabe”, disse o “Cabeludo” (apelido carinhosamente dado pela equipe Tribuna 98) em entrevista exclusiva.
Desejo
O jogador afirma que ainda não foi procurado pela diretoria do Atlético para negociar uma possível renovação, mas externa que ficar no Furacão é desejo de todos os familiares. “Meu desejo é ficar. Estou adaptado ao clube, que é maravilhoso e todo mundo sabe. Para minha carreira será excelente e acho que se decidirem ficar comigo estarei feliz, pois minha família também é muito feliz em Curitiba”, ressaltou.
Desde que foi liberado pelo departamento médico, Willian Rocha tem aparecido com frequência no time de Claudinei Oliveira. Aliás, sua presença tem tudo a ver com a chegada do treinador atleticano. A partida que marcou seu retorno foi contra o Grêmio, na abertura do segundo turno. Na ocasião, Willian jogou como zagueiro no lugar de Dráusio e agradou ao técnico atleticano. Desde então, passou a ser opção constante, tanto na zaga, quanto na lateral-esquerda. Inclusive, durante alguns jogos, tomando a vaga de Natanael, então titular absoluto.
Na reta final do Brasileirão Willian espera por mais oportunidades. “Importante é sempre estar à disposição. Todas as vezes que o Claudinei optou por mim em pude fazer belos jogos. É continuar trabalhando para ver se a chance aparecer contra o Goiás. Vou estar preparado par ajudar o Atlético para chegar quanto mais longe puder. Acho que o oitavo lugar vai cair bem por tudo que passamos na competição”, afirmou.
Com contrato no fim, o jogador, apesar do término do contrato estar se aproximando, espera que tudo se resolva com calma. “Estamos conversando para ver o que acontece. É colocar nas mãos de Deus, que ele tem o melhor para mim. Da minha parte a conversa é com os meus procuradores. Tem que esperar. Se você tem pressa, come cru”, concluiu Willian Rocha.
