A decisão da Uefa de transferir o jogo entre Vorskla Poltava e Arsenal, na Ucrânia, marcado para esta quinta-feira, pela quinta rodada da fase de grupos da Liga Europa, da cidade de Poltava para a capital Kiev por questões de segurança criou uma polêmica muito grande. Tudo porque o time ucraniano se mostrou insatisfeito e não garante que o duelo será realizado dizendo que o estádio Olímpico não estaria apto para receber a partida.
A entidade que comanda o futebol europeu se decidiu pela mudança de local, anunciada na última terça-feira, depois que o Parlamento da Ucrânia aprovou a introdução de uma lei marcial em algumas regiões do país, sendo que as cidades de Poltava e Kiev não estão incluídas.
O presidente do Vorskla Poltava, Roman Chernyak, se mostrou indignado com a decisão da Uefa. “É uma grande possibilidade (não ter jogo). Eles tomaram essa decisão sem concordar com ninguém. No momento há incertezas. A decisão foi tomada ontem à noite (terça-feira). É difícil comentar. Nosso objetivo é que os nossos torcedores assistam em nosso estádio. Gastamos muito dinheiro reformando nossa arena”, afirmou o dirigente em entrevista nesta quarta.
“Nos deram um estádio que não é capaz de receber um jogo sediado por uma equipe ucraniana. É por isso que é impossível para nós sabermos alguma coisa sobre o estádio da capital porque não pedimos para jogar nessa arena desde o começo”, acrescentou Chernyak. “Quem estará responsável pela segurança lá? Há muitas questões em aberto. No momento, estamos lidando com isso. Por que não jogar em Poltava?”, ressaltou.
Em rodadas anteriores do Grupo E, Sporting Lisboa e Qarabag (Azerbaijão) jogaram em Poltava sem qualquer problema. O vice-presidente do clube ucraniano, Oleh Lisak, alerta para outro problema. “O clube não recebeu a confirmação do estádio Olímpico. Há também questões não resolvidas de como as vendas dos bilhetes se vão processar”, explicou.