Juntos desde julho de 2012, o brasileiro Bruno Soares e o austríaco Alexander Peya comprovaram outra vez que formam uma parceria de sucesso. Neste domingo, no Brasil Open, a dupla foi campeã pela quarta vez – já haviam vencido os torneios de Tóquio, Kuala Lumpur e Valência -, e chegaram a sete decisões disputadas.
Para Soares, tricampeão do Brasil Open com três companheiros diferentes, a parceria está pronta para dar voos mais altos, após boas atuações em torneios de níveis 250 (como a competição em São Paulo) e 500 do circuito. “A gente evoluiu. Estamos jogando um nível de tênis para ganhar um torneio maior e estamos preparados para beliscar um ‘grandão'”, analisou o brasileiro, 19.º do ranking de duplas, referindo-se aos Masters e Grand Slams. Soares, na verdade, já venceu um Grand Slam, ao ganhar o torneio de duplas mistas do US Open de 2012 com a russa Ekaterina Makarova.
Peya concorda com o parceiro e exalta o bom momento da dupla, ao lembrar que antes de jogar com Soares, só tinha dois títulos na carreira. “Devo muito mais a ele”, brincou o austríaco.
O apoio da torcida no Ibirapuera, que lotou o ginásio na partida preliminar a de Rafael Nadal e David Nalbandian, foi exaltada pelos duplistas. Com exceção à final, eles fizeram todos os jogos na quadra auxiliar do Ginásio Mauro Pinheiro, o que deu a impressão de desprestígio ao único brasileiro que se manteve na disputa pelo título.
Soares admite que não sabia se o público estaria apto a apoiá-los logo às 11 horas da manhã. “Esse horário é um pouco cedo para o brasileiro no domingo. Mas chegamos ao ginásio às 9 horas e já tinha muita gente. Isso é gratificante e mostra que o pessoal não queria ver só o Nadal.”
Peya não escondeu a sua surpresa pelo barulho da torcedores no ginásio. “A torcida é incrível, é algo que não encontramos toda semana. No tie break o público era tão alto que eu nem conseguia ouvir o Bruno. Foi uma experiência inesquecível.”