Após superar câncer, Natália mira retorno no Grand Prix

Mais de dois meses depois de ser submetida a uma cirurgia para a retirada de um raro tumor benigno da canela esquerda, a ponteira Natália está cada vez mais próxima de fazer o seu retorno à seleção brasileira de vôlei. A equipe comandada pelo técnico José Roberto Guimarães está em Almaty, no Casaquistão, onde voltará a jogar pelo Grand Prix nesta sexta-feira, contra a Tailândia, às 9 horas (de Brasília).

Natália segue treinando com o grupo da seleção e evita fazer previsão sobre a data do seu retorno, mas festejou nesta terça a sua rápida recuperação. “Fiz a cirurgia há dez semanas. Estou me recuperando superbem. Tinha começado a treinar desde a Copa Pan-Americana, no México, a parte de fundo de quadra e defesa. Depois, em Saquarema (RJ), comecei a saltar aos poucos. Já na primeira etapa do Grand Prix, aumentei a carga de treinamentos e estou saltando quase sem dor. Estou cada vez melhor. Espero, em breve, poder entrar em quadra para ajudar as meninas”, ressaltou a jogadora.

Júlio Nardelli, médico da seleção feminina de vôlei, foi o responsável pela cirurgia realizada na ponteira e também comemorou a evolução da jogadora. “A Natália foi submetida a uma cirurgia para a retirada de um tumor benigno muito raro. Tem apenas nove ou dez casos no mundo. O mais importante agora é a programação de retorno às atividades. Estamos começando a exigir mais dela com trabalhos de salto. É normal que ela sinta um pouco de desconforto na região operada, mas é um desconforto gerado por fadiga e cansaço porque a musculatura ficou um pouco defasada”, explicou Nardelli, que prevê o retorno da jogadora apenas para a fase final do Grand Prix.

“Nós combinamos com o Zé Roberto que o retorno seria gradativo. Não precisamos a expor a uma atividade intensa logo de cara… Depois de dois meses e meio, ela está voltando o treinamento com salto e está atacando com mais força. O retorno dela está sendo bem positivo e vamos ver se conseguimos aproveitá-la mais na fase final do Grand Prix”, acrescentou.

O Brasil venceu os seus três primeiros jogos neste Grand Prix, contra Japão, Alemanha e Coreia do Sul, e está em segundo lugar na classificação geral, ficando atrás apenas da Rússia. Zé Roberto, porém, cobra evolução do time nacional nas próximas partidas. “Nós atacamos bem, mas temos que melhorar o sistema defensivo, além da relação bloqueio-defesa. Enfim, pode ser melhor. Na primeira fase não aproveitamos a quantidade de contra-ataques que tivemos. São coisas que precisam ser melhoradas”, apontou.

Neste estágio da competição, o Brasil enfrentará primeiro as tailandesas e depois terá pela frente o Casaquistão e a Itália.

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