Após ser goleado, Muricy diz que fica e promete melhora

A goleada por 4 a 1 sofrida pelo Palmeiras para o São Caetano, nesta quarta-feira, em pleno Palestra Itália, promete ter consequências sérias para o trabalho de Muricy Ramalho à frente do clube. Apesar de cada vez mais contestado pela torcida e pela própria diretoria, o treinador tentou adotar um discurso sereno após a inesperada derrota em casa, garantindo que fica e que o time vai melhorar.

“Não, deixar nunca. Se eu quisesse sair teria saído lá em dezembro. Tive uma proposta muito forte”, alegou Muricy, que especula-se tenha sido sondado pelo Internacional. No entanto, o treinador palmeirense chegou a perder a calma quando questionado sobre o seu temor em ser demitido. “Só tenho medo de morrer, porque meus filhos ainda não estão criados. Não tenho medo de p… nenhuma”, rebateu.

“Tenho contrato e vou ganhar aqui ainda. Isso é só um momento que a gente está passando”, continuou Muricy, que terá o seu futuro decido nesta quinta-feira, em uma reunião do presidente Luiz Gonzaga Belluzzo com a diretoria. “A gente não conversou. A gente já estava fazendo o planejamento para o jogo de domingo”, explicou o técnico sobre a conversa que teve com os dirigentes ainda no vestiário.

Em relação ao futuro, Muricy vê a necessidade de melhorar o quanto antes. “A gente não pode se conformar em jogar só o que está jogado. Tem que melhorar muito”, pediu o técnico, também convocando os torcedores para permanecerem ao lado do time. “A torcida tem que nos ajudar. Com certeza a gente não vai ficar assim.”

Para o clássico diante do São Paulo, domingo, novamente no Palestra Itália, Muricy espera que o elenco tenha superado a goleada em casa. “Na parte psicológica já conversamos no vestiário. Tem momento que você como treinador não pode cobrar. A gente tem um clássico domingo que é muito importante.”

VERGONHA – Para os jogadores, sobrou a ira da torcida. Ainda no gramado, os atletas mais experientes evitaram dar entrevistas. Mais tarde, alguns não quiseram deixar o Palestra no ônibus do clube e saíram do estádio em oito táxis. Durante o jogo, os gritos de “time sem vergonha” e “ô, ô, ô, queremos jogador” foram ouvidos quase todos os 90 minutos.

No fim, sobrou para os menos cotados falar sobre o vexame. “Não foi um bom dia. Não dá para falar muito. É trabalhar”, disse o lateral Wendel. O volante Edinho seguiu a mesma linha. “O negócio é levantar a cabeça porque temos um clássico pela frente”, afirmou, enquanto o zagueiro Danilo perdia a linha quando questionado se faltava alegria ao time. “Quer alegria? Tinha que contratar um palhaço.”

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo