Mão na rede

Após renúncia, Ary Graça nega irregularidades na CBV

Após se desligar oficialmente do comando da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), Ary Graça Filho divulgou nota para rebater as denúncias de irregularidades na entidade. De acordo com reportagens da ESPN Brasil, duas empresas de ex-funcionários da CBV teriam recebido R$ 20 milhões de comissão por terem intermediado a negociação do contrato de patrocínio com o Banco do Brasil.

O agora ex-presidente da CBV, e atual mandatário da Federação Internacional de Vôlei, negou qualquer irregularidade nos contratos. Disse que os valores citados são “inverídicos”, afirmou que todos os contratos foram “contabilizados de forma transparente” e revelou que o balanço contábil de 2012 já passou por auditoria externa.

“Durante a sua gestão, a CBV jamais pagou qualquer remuneração a título de intermediação ou comissionamento pelo contrato com o Banco do Brasil. As empresas citadas participaram da negociação pelo lado da CBV e foram responsáveis pela grande elevação de patamar do patrocínio”, disse Ary Graça, em nota oficial.

“Os valores que vêm sendo citados são inverídicos, o que pode ser comprovado no sistema contábil da CBV. O valor fica entre 3% e 4% do total do contrato, distribuídos entre todas as empresas envolvidas. O balanço da CBV de 2012 foi auditado e aprovado pela Ernest & Young, e todos os contratos mencionados foram contabilizados de forma transparente neste período”, revelou.

Ary Graça ressaltou ainda que o contrato entre a CBV e o patrocinador foi concretizado sem a participação de intermediários. “Está correta a informação de que o contrato entre a CBV e o Banco do Brasil foi negociado diretamente entre as partes. Mas é preciso esclarecer que os valores pagos se referem a dois anos de extensas negociações entre a Confederação e o Banco do Brasil para a renovação do contrato até 2017. Trata-se do maior contrato de sua história, excelente para ambas as partes e que viabiliza a continuação do crescimento e sucesso do voleibol brasileiro”.

Graça comandava a CBV desde 1997, mas se tornou presidente licenciado no fim de 2012 após ser eleito para presidir a Federação Internacional de Vôlei em setembro do mesmo ano. A renúncia ao cargo só aconteceu na sexta-feira, durante Assembleia Geral Ordinária da CBV. Ele alega que teria entregado a carta de renúncia em dezembro do ano passado, mas sua saída precisava ser referendada pela Assembleia. Seu lugar foi ocupado por Walter Pitombo Laranjeiras, o Toroca, que vinha exercendo a função de “presidente em exercício”.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo