Um dia depois de abrir mão da convocação para a seleção brasileira, o lateral-direito Mário Fernandes, do Grêmio, treinou normalmente nesta terça-feira, mas não deu explicações públicas para sua decisão. O jogador fez alongamentos na sala de musculação e exercícios leves no gramado, junto com os atletas que atuaram no último domingo, em Florianópolis, quando o time venceu o Avaí por 2 a 1. Ao final, voltou para os vestiários sem falar com os repórteres.

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Em sua entrevista coletiva das terças-feiras, o técnico Celso Roth foi questionado sobre o pedido de desconvocação da seleção feito pelo jogador, mas reiterou que a decisão de Mário Fernandes tem motivos pessoais que não seriam comentados. Apesar das respostas evasivas, elogiou a coragem do lateral-direito.

“Se ele não estava se sentindo bem para ir, se tinha um problema pessoal, é melhor dizer do que não dizer. Tem repercussão, mas é uma decisão do jogador, que tem esse direito”, avaliou. “Se fez bem ou não, não cabe a mim julgar”. Roth destacou que Mário Fernandes está muito bem no Grêmio e mostrou-se satisfeito com a iniciativa do clube, que prorrogou o final do contrato com o jogador por um ano, de 2014 para 2015.

Em pelo menos dois episódios em sua carreira, o jogador demonstrou algum desconforto com situações novas. Em março de 2009, logo depois de chegar ao estádio Olímpico, o lateral sumiu e só foi encontrado quatro dias depois em Jundiaí (SP).

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Reintegrado aos juniores, destacou-se pelas boas atuações e foi promovido ao time profissional em junho daquele ano. Desta vez, teria se sentido constrangido pela obrigação de discursar para os colegas na convocação anterior para a seleção, à qual atendeu. O ritual é uma espécie de “trote” que os veteranos impõe aos novatos na seleção.